Porque é que aqueles que
se dizem a “Esquerda” são incapazes de apresentar um plano, um caminho
efectivo, alternativo, ficando-se apenas pela enumeração de princípios generalistas?
E que em primeira instância visam sempre a manutenção das condições materiais
actuais quando todos sabem que as mesmas só se podem manter com o endividamento
constante do país perante o exterior. Onde nos levará este constante
endividamento? À falência ou à subordinação como Protectorado de um outro país
ou agrupamento de países?.
O futuro para além de
incerto apresenta-se carregado e negro mas não deixa de ser futuro, ou seja, o
lugar onde mora a esperança de uma vida melhor para todos e não só para alguns
como actualmente.
Para o alcançarmos vamos
ter que voltar a comer as sopas que o diabo amassou, vamos ter que dar não só
dois passos atrás mas muitos passos atrás se quisermos que os nossos netos e
bisnetos sejam portugueses e continuem a falar e a escrever a nossa língua.
Adiar o começo deste
caminho, vendendo a esperança de que os povos da União Europeia nos vão dar a
mão e ajudar é perante os factos que vivemos, uma mentira plena, é como tapar o
sol com a peneira quando não há nuvens no céu.
A União Europeia não visa a
harmonização dos povos europeus mas tão-somente os interesses financeiros e
económicos dos grandes grupos financeiros que a dominam.
Ser independente hoje é
fácil face há fraca qualidade dos políticos profissionais que alimentamos e, eu
não sou independente, então o que serei ou o que sou? Ando perdido mas sei que
não quero ir com as maiorias, sou capaz de ser o “eu” que continua a remar
contra a maré procurando águas mais límpidas e onde a vida seja sustentável
para a maioria que assim o desejar.
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