segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Dois anos

Dois anos. Não sei se é muito ou pouco tempo de vida, não sei. Dois anos de uma união de facto ou de um modo de vida em comum. Um tempo de muita luta entre nós. Luta surda e muda pelo poder de quem manda, de quem é que decide que caminho trilhar, que comportamento ter.
Dois anos em que luto sozinho contra o teu espírito rebelde e autoritário. Somos dois teimosos condenados a vivermos esta união que celebra hoje dois anos em que dos três que restavam para serem doados nos olhamos e te escolhi por seres a mais pequena, a mais ramelosa dos teus irmãos.
Na altura pareceu-me que escolhi bem. Hoje, não vou desistir de ti, mesmo que tenha que continuar a lutar contra ventos e marés.
Estamos condenados a partilharmos este tempo de vida. Porta-te bem a meu modo e viveremos em paz, porque não sou eu que vivo contigo, és tu que vives comigo.