quinta-feira, 21 de março de 2013


E Chipre também ali no Mar Mediterrâneo...

Cada vez mais a saída da Crise aponta para a saída do euro. O dólar é que é a moeda internacional e nesta falsa União ou fora dela, teremos sempre que negociar o pagamento dos dólares que devemos com os credores. A dívida poderá passar dos +120% do PIB para muito mais é um facto, mas, ter MOEDA é variável fundamental para por Portugal no caminho do crescimento económico e da diminuição da taxa real de desemprego. Ser primeiro Português não nos impedirá sermos europeus e internacionalistas. No passado construímos os primeiros alicerces da globalização, porque ficarmos hoje amarrados a políticas que nos impõem e que começam a roçar o racismo... e tudo em nome da Democracia.

segunda-feira, 18 de março de 2013


Porque é que aqueles que se dizem a “Esquerda” são incapazes de apresentar um plano, um caminho efectivo, alternativo, ficando-se apenas pela enumeração de princípios generalistas? E que em primeira instância visam sempre a manutenção das condições materiais actuais quando todos sabem que as mesmas só se podem manter com o endividamento constante do país perante o exterior. Onde nos levará este constante endividamento? À falência ou à subordinação como Protectorado de um outro país ou agrupamento de países?.
O futuro para além de incerto apresenta-se carregado e negro mas não deixa de ser futuro, ou seja, o lugar onde mora a esperança de uma vida melhor para todos e não só para alguns como actualmente.
Para o alcançarmos vamos ter que voltar a comer as sopas que o diabo amassou, vamos ter que dar não só dois passos atrás mas muitos passos atrás se quisermos que os nossos netos e bisnetos sejam portugueses e continuem a falar e a escrever a nossa língua.
Adiar o começo deste caminho, vendendo a esperança de que os povos da União Europeia nos vão dar a mão e ajudar é perante os factos que vivemos, uma mentira plena, é como tapar o sol com a peneira quando não há nuvens no céu. 
A União Europeia não visa a harmonização dos povos europeus mas tão-somente os interesses financeiros e económicos dos grandes grupos financeiros que a dominam.

Ser independente hoje é fácil face há fraca qualidade dos políticos profissionais que alimentamos e, eu não sou independente, então o que serei ou o que sou? Ando perdido mas sei que não quero ir com as maiorias, sou capaz de ser o “eu” que continua a remar contra a maré procurando águas mais límpidas e onde a vida seja sustentável para a maioria que assim o desejar.

domingo, 17 de março de 2013


Ainda o Papa

Já não era católico praticante. A sua religião abrangia todas e não era de nenhuma. Claro que quando nasceu os pais o baptizaram e anos mais tarde já em Ferrel fez a 1ª Comunhão e mais tarde foi receber a Crisma na Atouguia da Baleia; foi praticante até que um dia numa missa nos Olivais Sul foi posto fora da mesma por ter interrompido o padre na homilia. A partir desse dia deixou de ser praticante. Gosta de falar e debater temas e dogmas mas não mais do que isso. Quando estava destacado em Melele na fronteira norte de Angola e o Capelão Militar o visitava ficavam noite dentro a falar sobre o porque de alguns dogmas da igreja e a chamada “teoria da libertação” que o capelão conhecia por ter estado no Brasil.

Na sua margem acompanha toda a encenação que a nomeação de um novo Papa provoca na comunicação social sempre ávida de notícias e de mexericos.

A Igreja Católica Apostólica Romana é uma organização aberta sobre os seus dogmas mas fechada à evolução social dos seus seguidores e como tal ao longo da sua vida sempre foi e se mostrou conservadora de leitura única sobre os seus fundamentos. Não espera por isso que a nomeação do novo Papa venha trazer uma revolução de hábitos e de prática na sua actuação. Ao ver o Papa Francisco sentiu duas ou três coisas de que gostou,

* O nome Francisco como S. Francisco de Assis (será?) e como seu avô materno que também era Francisco ou Chico
* O facto de ser da corrente Jesuíta que dentro do conservadorismo lhe parece ser um pouco mais aberta ao estudo da sociedade
* O facto de não aparecer agarrado ao símbolo do poder que representa a “estola”
* A figura lembrou-lhe a imagem do Papa João Paulo I que reinou pouco tempo e cuja morte continua por esclarecer

Por isso não percebe as opiniões de tantos especialistas sobre o Papa nem acredita que tenha havido fugas de informação sobre o que se passou neste e no anterior conclave. Calmamente, sem pressa nem ansiedade vai aguardar pela prática futura da igreja porque essa é que nos vai dar a prova real: se é o novo Papa Francisco que manda ou se a Curia Romana, qual aparelho partidária, vai continuar a reinar.

Deixou as suas divagações sobre o assunto e voltou a concentrar a sua atenção nos acontecimentos relatados no livro que anda a ler “O Massacre dos Judeus, Lisboa 19 de Abril de 1506” de Susana Bastos Mateus e Paulo Mendes Pinto. É que a Igreja Católica e de uma forma global os cristãos falam muito das liberdades religiosas mas ignoram ou esquecem o que foi a sua prática política e religiosa ao longo da história.