segunda-feira, 29 de abril de 2019

Andam fogos no ar







Tantas postagens, tantas lamurias, tantos e tantas a chorarem, em choque porque a Catedral Notre Dame ardeu.
Há poucas semanas também ardeu Église Saint-Sulpice mas não teve o impacto mediático deste triste acontecimento. Coincidências? Coisas do acaso?
Quantos e quantas se equacionaram do porquê de ter sucumbido face às chamas. Que obras corriam de manutenção na catedral para que tal pudesse acontecer. Quem era o responsável pelos trabalhos, assim como a empresa executante das mesmas? A obra estava devidamente licenciada? Cumpria todas as normas de segurança?
Fui várias vezes a Paris mas nunca fui visitar nem a catedral em causa, nem subi à Torre Eifel ou fui ao museu do Louvre. Reconheço o peso histórico e a importância cultural dos mesmos mas gosto mais de sentir o pulsar da vida nas ruas e avenidas monumentos da história contemporânea de agora.
Todos esses monumentos merecem o meu respeito, a minha admiração por quem construiu todas aquelas obras. A catedral representa um poder secular que hoje não admiro. A obra é património mundial pertença da igreja, símbolo do poder religioso sobre reis e imperadores e já vi o presidente francês anunciar a decisão de a reconstruir, será por fé na religião ou nas receitas do turismo?
Se voltar a Paris não irei visita-la, tal como nunca depois de Abril fui visitar o Monumento Nacional que é o Forte de Peniche, também ele símbolo de um poder indigno da minha admiração, sendo seu opositor pretendendo esquece-lo de forma viva e não perpetuando a sua memória.

sábado, 27 de abril de 2019

Parlamento Europeu - eleição


Eleições para o Parlamento Europeu à porta, com a pré campanha em alta velocidade mesmo antes de ser dado o tiro de partida.
Olho os cartazes colocados em rotundas, esquinas, ruas e avenidas, com as fotos dos principais candidatos, os chamados cabeças de lista.
Leio as frases neles contidas, frases estudadas pelos homens do marketing político e, não sou capaz de ver onde está a Europa.
Já perguntei à minha amiga Sacha se ela entende os cartazes, mas ela fica a olhar para mim com a cabeça de lado e nem um latido me dá.
Sou adepto de que o voto deveria ser obrigatório, mas não o é, aceitando eu a decisão constitucional, indo votar, mesmo quando vou e voto em branco como forma de protesto.
De qualquer modo a leitura que faço dos cartazes é a seguinte:
. O líder do Partido Socialista e actual Primeiro Ministro deu um tiro no pé ao escolher o cabeça de lista do seu partido. Não sei mesmo se não irá sair coxo destas eleições.
. O PSD, o CDS e o BE escolheram para lideres e como tal deputados em Bruxelas, figuras que nas guerras de manjerona internas que ocorrem em todos os partidos, são figuras políticas que lhes poderiam fazer sombra internamente cá no Reino, sendo por isso melhor mantê-los afastados principescamente lá pelas cidades europeias.
. O PC porque tem um modelo de funcionamento interno diferente dos outros partidos, manteve-se fiel à decisão colegial e altruísta do seu conservadorismo eurocéptico.

Votar em quem? é decisão difícil. Muitos votam por serem fieis ao partido não se importando com a qualidade dos possíveis deputados europeus. Os que ainda olham para a qualidade dos possíveis candidatos devem-se sentir perdidos, é mais do mesmo, um vira o disco e toca o mesmo, muita parra e pouca uva que para este peditório é difícil dar.

De qualquer forma e modo, irei até à assembleia de voto para votar, faça sol, faça chuva ou nevoeiro, ganhe quem ganhar o campeonato e a taça.

Vamos ver o que ocorre este fim de semana com as eleições na nossa vizinha Espanha, que por agora são mais importantes que as nossas europeias em fase de pré arranque oficial.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

25 de Abril


Abril mês do Portugal florido
Abril mês de águas mil
Abril mês da Liberdade conquistada
Abril mês do renascer da Esperança
Abril mês de todos os sonhos de todas as utopias
Abril, Abril, Abril…
Por onde andas?
Que é feito de ti?
Porque te enclausuraram no palácio?
Deixaram-nos a Liberdade é certo
Mas Abril, que fizeram à Esperança?
Porque a aprisionaram com tantas leis, decretos, portarias, despachos… ocultações, meias verdades e inverdades, porque Abril?
Porque não acreditaram em nós “Nação valente” como diz o Hino Nacional?
Porque nos prometem o céu se nos dão sempre mais sacrifícios?
Abril Sempre!
Como estás tão longe tão distante que só a memória dos teus fiéis amantes te recordam e celebram com Felicidade!