terça-feira, 10 de novembro de 2020

Esqueci a esquecer

 

Como me esqueci de aprender a esquecer, sorrio quando vejo um líder político falar dos "perigo de corrupção".

A tal "Operação Marques" está em curso para durar como o Brandy Constantino, havendo até ao momento apenas acusações, arguidos e falsos julgamentos populistas-jornalísticos.

Vejo um Rio que ao contrário da canção "Por este Rio acima" navega rio abaixo. Ter-se-á esquecido do beberete realizado no Douro com altas e gradas figuras do imobiliário representantes do DDT-RS aquando da implosão das célebres Torres do Aleixo. Ter-se-á esquecido do que foi o esbanjamento da primeira enxurrada de fundos comunitários que o seu partido geriu sob os desígnios do "Homem do poço".

Já o popular Chiquinho talvez não tenha conhecimento do ilustre folhetim submarinos e viaturas pandur II. Assim como esqueceram os seus fundadores defensores da democracia cristã como ideologia de partido quando se recauchutaram e rotularam de populares, defensores do neocapitalismo liberal, também devem ter limpo o pó a todos os negócios pouco claros que os seus mestres promoveram quando governaram.

É certo que a corrupção é um vírus endémico que alastra em todos os regimes políticos democráticos ou ditatoriais.

É certo que na história do partido que nos governa há muitos casos mal resolvidos onde a suspeita corrupção baila no ar. Um partido onde desde há muito tempo dirigentes se deixam envolver quer em negócios quer em amizades pouco abonatórias, trás preocupação a todos os amantes da Transparência nos negócios públicos.

Mas fazer do papão da corrupção uma arma de arremesso político quando não se tem telhados de vidro… mostra como os políticos actuais são fracos ideologicamente submetendo-se ao poder dos donos do mercado e seus agentes, caindo facilmente no populismo barato. E isto aplica-se a quase todos ou mesmo todos.

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