quinta-feira, 6 de julho de 2023

06.06.23

Chegaram à casa da Consolação. A manhã sem vento com o sol semi encoberto por nuvens altas recebe-os. Depois de arrumadas as coisas, varreu a pequena varanda antes de tirar o espelho da casa de banho por o sistema de lâmpadas ledes ter deixado de funcionar e a casa onde o compraram por estar ainda dentro da validade lhes ter proposto trocá-lo por outro igual que têm em armazém. Antes, tinha desligado a luz por um minuto a fim de se certificar que o antigo comando da televisão funcionava. Não foi a primeira vez que comando e aparelho não sintonizavam mesmo após terem mudado as pilhas do comando, comprando um novo para chegarem cá e após cortarem a corrente ao aparelho o mesmo voltar a estar em sintonia como o velho comando, devolvendo eles o que tinham entretanto adquirido. No dia anterior, como vem sendo normal, ouviu críticas por não se ter interessado em saber onde arranjar um novo comando. Ouviu e calou-se, não reage por assim ter decidido, pois se é coisa que pouco lhe interessa é a televisão. Quem é dependente é que deveria ter procurado encontrar um novo. Contudo, lembrou-se do desligar a corrente do aparelho quando voltavam para casa com o novo comando adquirido.

Realizado esses pequenos trabalhos meteu o livro debaixo do braço e foi em busca de um lugar onde o pudesse acabar de ler, já não faltava muito para o terminar. Pensou em ir sentar-se num dos bancos que existem defronte para o areal. Ao chegar lá os mesmos estavam ocupados, deu a volta ao Largo, olhou as rochas mas não sentiu vontade de descer e procurar um sítio para se sentar e ler. Voltou a olhar a praia, os bancos continuavam ocupados. O bar da Esplanada Mar Azul estava fechado, admitindo que seria o dia de descanso. Foi andando pela passadeira até à outra concessão de praia. No bar Clube da Praia sentou-se numa mesa a olhar defronte para o mar que mais uma vez está tão calmo que nem ondas na rebentação quase tem. Pediu um café cheio e uma garrafa de água e depois de algum minutos de contemplação, pegou no livro na página onde na noite anterior tinha ficado, colocou os óculos de ver ao perto e entrou nas palavras, no mundo do autor Rafael Gallo (prémio literário José Saramago 2022) vivendo o drama social de todo o enredo daquela "Dor Fantasma".

Terminou mais um livro, sentindo-se um pouco mais rico. Foi mais uma compra por impulso, que vai enriquecer a sua pequena biblioteca.




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