quarta-feira, 28 de março de 2018


Porque é que eu nunca me despedi de ti, mãe?
Nem quando parti para a guerra me fui despedir de ti, mãe
Nem quando naquele dia triste em que nos deixaste e eu te meti naquela caixa de madeira, me despedi de ti
Porque, mãe?
Porque é que com o passar dos anos, cada vez gosto menos do Natal, da Pascoa e do Carnaval, porque mãe?
Que terão estes dias de tão especial, que a cada ano eu me sinto mais ausente, mais sozinho, sem compreender a alegria dos outros… sozinho, na outra margem onde ando e navego, mas de onde não consigo voar... porque mãe?


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.