Estava
um frio friozinho de gelar a ponta dos dedos esta manhã quando saí
para o passeio com a minha amiga. Ao andar as costuras deram sinal e
decidi não ser ainda hoje que vou voltar a ir com a Sacha às aulas
de socialização, ela está a precisar, mas o frio… e o sinal, com
pena minha mão fui.
Assim,
depois do pequeno almoço, sentei-me no sofá. Abri a televisão,
vejo o canal sic e depressa fiquei enojado com a forma tendenciosa e
selectiva como abordam os assuntos que possam pôr em causa a
autoridade do Governo a nível nacional, enquanto que em termos
internacionais enaltecem tudo o que possa favorecer os populistas
ascendentes de direita, como salvação para o actual estado em que
se encontra a democracia em alguns países.
Governos
democratas que se dizem da social democracia, do socialismo liberal,
da terceira-via e da democracia cristã, face à força financeira
dos grandes capitalistas usurários que lentamente os cercam com
benesses muitas vezes venenosas, capitulam, cedem, tornam-se fracos
perante a opinião pública por se deixarem enredar em negócios
duvidosos com amigos, em viagens de trabalho duvidosas, para não
falar nas célebres presenças falsas no nosso Parlamento.
Semeia-se
com esses maus exemplos o campo de nutrientes que permitem aos
amantes saudosistas do pensamento de Mussolini, Hitler, Franco e de
Salazar, saírem do casulo de quarenta e poucos anos e mostrarem-se
por cá, de caras animadas pelas vitórias eleitorais que ocorrem em
países quer na Europa, quer aqui ao lado na Andaluzia, quer nos
Estados Unidos e agora no Brasil, onde as palavras do presidente e
ministros, dão por cá, alento aos mais assanhados saudosistas, que
encontram nas televisões privadas, com os seus programas da treta, e
noticiários anti-geringonça, campo fértil para semear as suas
ideias salvadoras onde a sua democracia se converterá na lei da
rolha, as paredes vão voltar a ter ouvidos, irá aparecer dinheiro
para recuperar e voltar a colocar o Forte de Peniche com lotação
esgotada num spa à antiga dos anos 60, para a reconversão política
dos pensadores e ativistas mais à esquerda no pensamento político.
Oxalá
que mais uma vez me engane nos prognósticos, para que os meus
descendentes possam viver em democracia livre, onde
as
oportunidades sejam
todos, independentemente
do credo religioso e político, numa
sociedade mais decente, mais solidária e humanista, por forma a que
as funções do Estado não sejam desbaratadas nem postas em causa,
por políticos e objectivos políticos contrários ao interesse
nacional da nossa economia.
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