George
Floyd, cidadão americano assassinado por um brutamontes policial
americano. Nada sei sobre o desgraçado cuja morte correu mundo e
incendiou ódios e muita estupidez não só individual como
colectiva. Nada sei e nada procurei saber, porque escreveu-se tanta
coisa que não saberia distinguir entre a verdade, a ficção e a
aldrabice.
Racismo
é um facto muito complicado de se entender mas muito fácil de
acusar o outro. Soluções existem mas nem todos estão interessados
na solução de ambos os lados.
Claro
que o que se passa nos Estados Unidos me interessa e me preocupa
desde que ganhei a minha consciência política quando jovem
estudante dos registos numéricos e das coisas da vida em sentido
lacto. Para trás ficaram os heróis dos livros de cowboys aos
quadradinhos (Kit Carson, Búfalo Bill e outros na conquista do oeste
americano). Depois, nunca gostei de imperialismos, sempre estive do
lado dos não alinhados.
Na
verdade da única América de quem gostei foi da moça que namorei
quando estudei. O
modo de vida consumista
daquele país nada me diz ou entusiasma. Depois do importante papel
que tiveram nas duas Grandes Guerras são eles o país mais
poderoso do Planeta mas também aquele que
mais guerras e intrigas desencadearam, sempre em defesa dos seus
tentáculos económicos, nunca em prol do bem estar social dos
outros. A ideia de grandeza do
poder americano é
muitas vezes medonha.
Não
gosto deles de tal
maneira que um dos
meus ídolos foi o grande Ho Chi Minh.
Ídolo que
aprendi a respeitar
depois de em 1972 o
Major do meu Batalhão em Chaves num jantar nos ter deixado, aos que
estávamos a jantar com ele, de boca aberta
ao enaltecer as
qualidades de liderança que Ho Chi Minh incutiu no seu exercito
lutando contra todas
as armas químicas usadas pelo poderoso exército americano, lutando
sem força aérea contra
a não menos poderosa força aérea americana e
sem esses atributos, com o querer, com uma disciplina rígida
infringiu aos
americanos uma tão
pesada derrota no Vietname que
ainda hoje essa
enorme ferida não
sarou para muitos.
Mesmo
os democratas americanos de democratas à europeia pouco têm.
Olhemos para a falsa Primavera Árabe e quem governava os E. U.
quando tal acção foi desencadeada. O estado das coisas que
provocaram e deixaram na Líbia não é muito diferente daquele que o
republicano Bush casou no Iraque.
Agora
as forças que mandam efectivamente no país escolheram o actual
excremento-empresário-de-sucesso para presidir aos destinos da
economia americana e os resultados estão à vista. Desrespeito pelos
acordos internacionais. Desrespeito pelos direitos humanos.
Desrespeito pelo cientistas no caso da pandemia. Desrespeito
pelos jornalistas de jornais prestigiados ao longo da história.
Desrespeito pela minorias étnicas existentes quer no país quer fora
dele. Para eles tudo vale a pena em nome da grandeza americana. Matar
ou morrer um negro americano para eles é indiferente pouco
lhes interessa.
A
vida humana dos desfavorecidos da sorte não têm valor para a grande
maioria daquele povo.
Apenas
vejo em muitas das manifestações que se dizem solidárias com o
George Floyd muita incultura política, muito oportunismo e muita
estupidez que me faz passar ao lado. Não dou para esse peditório,
para esse estado de coisas sem nexo criadas e exploradas à volta do
ódio que o racismo encerra em si mesmo. Há muito mais coisas com
que nos devemos preocupar e centrar a nossa atenção que os tempos
que se avizinham não vão ser nada fáceis quer para os da
governança quer para todos nós cidadãos portugueses ibéricos
europeus e ocidentais.
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