quinta-feira, 11 de junho de 2020

A morte saiu à rua


George Floyd, cidadão americano assassinado por um brutamontes policial americano. Nada sei sobre o desgraçado cuja morte correu mundo e incendiou ódios e muita estupidez não só individual como colectiva. Nada sei e nada procurei saber, porque escreveu-se tanta coisa que não saberia distinguir entre a verdade, a ficção e a aldrabice.

Racismo é um facto muito complicado de se entender mas muito fácil de acusar o outro. Soluções existem mas nem todos estão interessados na solução de ambos os lados.

Claro que o que se passa nos Estados Unidos me interessa e me preocupa desde que ganhei a minha consciência política quando jovem estudante dos registos numéricos e das coisas da vida em sentido lacto. Para trás ficaram os heróis dos livros de cowboys aos quadradinhos (Kit Carson, Búfalo Bill e outros na conquista do oeste americano). Depois, nunca gostei de imperialismos, sempre estive do lado dos não alinhados.

Na verdade da única América de quem gostei foi da moça que namorei quando estudei. O modo de vida consumista daquele país nada me diz ou entusiasma. Depois do importante papel que tiveram nas duas Grandes Guerras são eles o país mais poderoso do Planeta mas também aquele que mais guerras e intrigas desencadearam, sempre em defesa dos seus tentáculos económicos, nunca em prol do bem estar social dos outros. A ideia de grandeza do poder americano é muitas vezes medonha.

Não gosto deles de tal maneira que um dos meus ídolos foi o grande Ho Chi Minh. Ídolo que aprendi a respeitar depois de em 1972 o Major do meu Batalhão em Chaves num jantar nos ter deixado, aos que estávamos a jantar com ele, de boca aberta ao enaltecer as qualidades de liderança que Ho Chi Minh incutiu no seu exercito lutando contra todas as armas químicas usadas pelo poderoso exército americano, lutando sem força aérea contra a não menos poderosa força aérea americana e sem esses atributos, com o querer, com uma disciplina rígida infringiu aos americanos uma tão pesada derrota no Vietname que ainda hoje essa enorme ferida não sarou para muitos.

Mesmo os democratas americanos de democratas à europeia pouco têm. Olhemos para a falsa Primavera Árabe e quem governava os E. U. quando tal acção foi desencadeada. O estado das coisas que provocaram e deixaram na Líbia não é muito diferente daquele que o republicano Bush casou no Iraque.

Agora as forças que mandam efectivamente no país escolheram o actual excremento-empresário-de-sucesso para presidir aos destinos da economia americana e os resultados estão à vista. Desrespeito pelos acordos internacionais. Desrespeito pelos direitos humanos. Desrespeito pelo cientistas no caso da pandemia. Desrespeito pelos jornalistas de jornais prestigiados ao longo da história. Desrespeito pela minorias étnicas existentes quer no país quer fora dele. Para eles tudo vale a pena em nome da grandeza americana. Matar ou morrer um negro americano para eles é indiferente pouco lhes interessa. A vida humana dos desfavorecidos da sorte não têm valor para a grande maioria daquele povo.

Apenas vejo em muitas das manifestações que se dizem solidárias com o George Floyd muita incultura política, muito oportunismo e muita estupidez que me faz passar ao lado. Não dou para esse peditório, para esse estado de coisas sem nexo criadas e exploradas à volta do ódio que o racismo encerra em si mesmo. Há muito mais coisas com que nos devemos preocupar e centrar a nossa atenção que os tempos que se avizinham não vão ser nada fáceis quer para os da governança quer para todos nós cidadãos portugueses ibéricos europeus e ocidentais.

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