quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

21.01.05

 

O que me ri ontem com a lata do mentiroso aldrabão candidato a primeiro-ministro concorrendo a presidente.

Ventura, um eunuco sabujo e truculento, que não tem educação democrática para ouvir um adversário político quanto mais respeitar a Liberdade de todos.

Vitorino, candidato com a sua simplicidade ao iniciar o seu tempo de intervenção ao relembrar o acontecimento ocorrido no dia 05 de Janeiro de 1961 em Peniche (fuga de presos políticos da prisão de alta segurança do regime no Forte de Peniche) encostou o eunuco truculento Ventura às cordas, para de seguida dar outra profunda lição, não só ao eunuco como ao moderador, quando tira do bolso e coloca as diferentes pedras em cima da mesa. A certa altura o candidato Vitorino teve de relembrar ao jornalista moderador os poderes do Presidente da República. Tristeza.

A Democracia está doente.

Os eunucos sabujos e truculentos têm hoje no país espaço mediático não só por culpa dos políticos governantes, com erros contínuos cometidos em acções contra ou ignorando o espírito da própria Constituição que juraram cumprir, mas muito pelo apoio que os donos, administradores e directores dos órgãos de comunicação, em especial os televisivos, lhes dão, não só ao eunuco truculento Ventura como a alguns não poucos peçonhentos comentadores que por lá medram, intoxicando e criando outros vírus piores que o covid-19 para a saúde mental de quem lhes dá ouvidos.

A Democracia ao fim de 47 anos cumpre com todos os seus defeitos um ciclo de tempo igual à tenebrosa noite que Salazar e Caetano impuseram ao país com mão-de-ferro não olhando à forma nem aos meios para manterem os cidadãos com sonhos de liberdade e de outras condições de vida acorrentados à miséria instituída como salvação nacional para os brandos costumes e as públicas virtudes da sua ideologia de partido político único sobreviverem.

Os eunucos truculentos e todas as figuras peçonhentas que medram nos canais televisivos têm saudades desses tempos tenebrosos, lutam com as suas armas, as suas basucas de mentiras e meias-verdades, com os seus ódios à Liberdade e à Democracia há muito guardados em cofres de offshore e bons tonéis de bom carvalho francês.

A ideologia por muitos ignorada do apregoado capitalismo civilizado, aceite pelos governantes como única alternativa ao desenvolvimento económico, tem para os detentores do capital como para seus mandatados gestores o objectivo único do lucro, trazendo ao país que ainda somos, não só baixas qualificações profissionais, como um sempre constante exército de desempregados à disposição dos baixos salários, de fracas condições de trabalho, de ausência de futuro estável para os jovens, criando desse modo custos continuamente acrescidos à manutenção do pobre Estado Social, nas suas políticas humanistas, que incapazes de diminuírem a pobreza social dão azo a que os eunucos truculentos e outros peçonhentos venham a terreiro iludir com mentiras e meias-verdades assertivas o grande exército de cidadãos descontentes.

E, assim vamos remando, cantando e rindo sem terra à vista que não seja o constante carro vassoura.

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