terça-feira, 26 de janeiro de 2021

21.01.25

 

E agora? Terminada a contagem dos que votaram o homem, o favorito, ganhou à primeira como se esperava. Azia para todos os outros candidatos. Todos perderam e está perdendo o país. Meio milhão de portugueses escolheu votar em quem quer o regresso ao passado. Portugueses mais conscientes ou mais inconscientes em Liberdade deram a ideia de querem voltar a viver de mãos levantadas aos céus agradecendo a vida de miséria, o trabalhar de sol a sol, sem outro direito que o direito de subsistir respeitando e dobrando-se perante os «senhores de bem».

Façam as contas que quiserem que nuvens negras se avizinham. Nuvens carregadas de ódio em revolta contra um sistema que lhes deu o que antes os seus progenitores e antepassados nunca tiveram em acção e apoio social do Estado. E, se a eles juntarmos os quase seis milhões que vivem sem interesse pelas regras democráticas não votando... Os números da noite de ontem são preocupantes.

Os que votam sempre à esquerda já estão em minoria acentuada. De nada lhes servirá coligarem-se ou apoiarem o híbrido centro-esquerda ou esquerda-ao-centro, se não mudarem o modo de caminhar, o modo de semear a esperança.

Os de centro-esquerda ou esquerda ao centro sem acção ideológica concreta que não seja o uso e abuso do poder, escorregam, amantizam-se e vergam-se perante os “poderosos” que deles se servem, até um dia, esses mesmos poderosos se aborrecerem e acionando a guilhotina da divida publica despoletarem a bomba para colocar no poder outros mais fieis mais submissos com as necessárias medidas anti-sociais publicas tão do agrado dos neoliberais e fascistas. Para tal contam já com uma reserva de meio milhão dispostos a servirem como algozes e bufos aos tais «senhores de bem». E, quando muitos deles acordarem da mentira que os iludiu ao torcerem a orelha a mesma não deitará sangue, porque depois já não haverá a Liberdade que hoje usufruem. Terão talvez conhecimento de que os tais de esquerda que sempre votaram à esquerda lutam e sacrificam-se de novo para a reconquista da Liberdade Democrática.

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