segunda-feira, 21 de julho de 2014

As noites de verão na Zebreira, lá onde Portugal quase que acaba de mão dada à Estremadura Espanhola, são diferentes.
Hoje já não há pessoas sentadas à porta de casa conversando com as vizinhas e contando histórias do sagrado e do profano aos mais novos que iam passar as férias longe da cidade.
Nas paredes das casas abandonadas sente-se a ausência das conversas colectivas, o progresso da cidade também lá chegou, primeiro com a eletricidade e depois com a praga da televisão.
Na velha casa à beira da estrada, não há televisão, nem rádio, ouve-se o silêncio da noite interrompido de vez enquando pelos camiões que cavalgam a Estrada Nacional vindos de Espanha, olham-se as estrelas, as constelações e procura-se a Via Láctea enquanto a neta irrequieta vai fazendo perguntas.
Na velha casa onde não há televisão nem rádio o mundo chega pela Internet e aquela noite terminou com o reencontrar alguém que esta à beira mar lá no Lugar da Estrada.

A noite fazia adivinhar o calor do dia seguinte e este não se fez rogado com o termómetro a passar os 38ºC.

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