segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015





Ali mais perto de Espanha que do meu país, na casa onde nunca estou só ouvi-te.

Não sei como te chamas nem a que categoria das aves pertences, o que sei é que todas as manhãs mais minuto menos minuto chegavas e com o teu trinar enchias o céu. Parava o meu trabalho e ficava a ouvir-te, as dores que a enxada provocava neste corpo não habituado como que deixavam de existir. Depois voavas e só na manhã seguinte voltavas.

Tão fascinado ficava que só no último dia me lembrei de trazer comigo a máquina fotográfica e não foi fácil apanhar-te, como que adivinhavas quando a ligava, batias asas, talvez não gostes de ser fotografado. Mas lá consegui apanhar-te, chamando pela tua(s) companheira(s). Como não me ajeito com as inúmeras capacidades dos novos telefones não fui capaz de gravar o teu trinar, mas não perdi a esperança de no próximo mês te encontrar e quem sabe ser capaz de gravar o teu cantar.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.