Tempos
agitados estes que estamos vivendo no sub-universo da política e dos
futebois.
Dos
futebois, vejo, ouço mas calo-me que já dei para esse peditório,
onde o rei continua nu, mal acompanhado, mas não queremos ver ou nos
recusamos a acreditar que este espectáculo que eles, os que mandam
na sociedade nos querem impingir como um grande negócio, uma
industria (do que não nos dizem), possa ser o espelho da decadência
moral da actual sociedade por nós também criada, e onde sem dor e
docemente nos vão chupando o sangue da manada.
Na
política, como não há apolíticos, tudo na vida tem seu
significado por mais abstencionistas e desinteressados possam
existir, repito, não há apolíticos. Vai daí num copo de água
cria-se uma tempestade com ondas maiores que as ondas gigantes do
canhão da Nazaré. Se o copo entorna algum pingo sobre a mesa ou no
chão, logo o mesmo toma a dimensão igual ou idêntica ao terramoto
com maremoto de 1755.
Depois,
queixam-se uns e queixam-se os outros. E, estes gajos do facebook
continuam a aborrecer-me dizendo-me para aproveitar o sol, quando o
que nos faz falta é... chuva moderada e abundante para ver se com
ela se pode limpar alguma da sujidade com que somos brindados logo
pela manhã.
Festas
foguetório e tragédias são-nos servidas sem que as tivéssemos
alguma vez pedido ou votado nelas. Contam uns, dizem-me outros, que
as festas e o foguetório é normal em todos os partidos, em todos os
governos centrais e autárquicos de todos os países, mas não me
dizem contudo, qual o contributo deste foguetório para o Bem Comum.
Assim
nos vamos habituando a que possa não haver dinheiro para financiar
um pouco mais a saúde, um pouco mais a educação tão necessária e
urgente, para financiar um pouco mais a defesa e bem estar dos
cidadãos, até para criar os sistemas alternativos de abastecimento
de água às populações quando as barragens batem no fundo.
Assim
nos vamos habituando e esquecendo do que é o Bem Comum, de que todos
nós fazemos parte de uma comunidade que deveria ser mais respeitada,
mais bem gerida, com muito menos má despesa publica.
Todos
sabemos que para melhorar o Bem Comum é preciso muito mais trabalho
e menos foguetório. Tempos agitados estes que vamos vivendo… onde
parece que o Bem Comum deixou de ser o foco, a essência da política
e das estruturas partidárias conexas.
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