segunda-feira, 27 de novembro de 2017


Tempos agitados estes que estamos vivendo no sub-universo da política e dos futebois.
Dos futebois, vejo, ouço mas calo-me que já dei para esse peditório, onde o rei continua nu, mal acompanhado, mas não queremos ver ou nos recusamos a acreditar que este espectáculo que eles, os que mandam na sociedade nos querem impingir como um grande negócio, uma industria (do que não nos dizem), possa ser o espelho da decadência moral da actual sociedade por nós também criada, e onde sem dor e docemente nos vão chupando o sangue da manada.
Na política, como não há apolíticos, tudo na vida tem seu significado por mais abstencionistas e desinteressados possam existir, repito, não há apolíticos. Vai daí num copo de água cria-se uma tempestade com ondas maiores que as ondas gigantes do canhão da Nazaré. Se o copo entorna algum pingo sobre a mesa ou no chão, logo o mesmo toma a dimensão igual ou idêntica ao terramoto com maremoto de 1755.
Depois, queixam-se uns e queixam-se os outros. E, estes gajos do facebook continuam a aborrecer-me dizendo-me para aproveitar o sol, quando o que nos faz falta é... chuva moderada e abundante para ver se com ela se pode limpar alguma da sujidade com que somos brindados logo pela manhã.
Festas foguetório e tragédias são-nos servidas sem que as tivéssemos alguma vez pedido ou votado nelas. Contam uns, dizem-me outros, que as festas e o foguetório é normal em todos os partidos, em todos os governos centrais e autárquicos de todos os países, mas não me dizem contudo, qual o contributo deste foguetório para o Bem Comum.
Assim nos vamos habituando a que possa não haver dinheiro para financiar um pouco mais a saúde, um pouco mais a educação tão necessária e urgente, para financiar um pouco mais a defesa e bem estar dos cidadãos, até para criar os sistemas alternativos de abastecimento de água às populações quando as barragens batem no fundo.
Assim nos vamos habituando e esquecendo do que é o Bem Comum, de que todos nós fazemos parte de uma comunidade que deveria ser mais respeitada, mais bem gerida, com muito menos má despesa publica.
Todos sabemos que para melhorar o Bem Comum é preciso muito mais trabalho e menos foguetório. Tempos agitados estes que vamos vivendo… onde parece que o Bem Comum deixou de ser o foco, a essência da política e das estruturas partidárias conexas.

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