domingo, 26 de novembro de 2017

Infarmed
Ora aí esta mais um caso para encher espaço na comunicação social e nas chamadas redes sociais internautas. A cada cabeça irá corresponder uma sentença, sendo normal e esperado que a maioria esteja contra a medida anunciada.
Todos os que começam a Governar este povo, prometem descentralizar a gestão publica. Quase sempre com medidas avulsas na transferência de responsabilidades para as Autarquias Locais e por aí se tem ficado, criando muitas vezes um vazio de responsabilidades entre os órgãos do Estado.
Mas, e se a tão falada Agência Europeia do Medicamento fosse instalada na cidade do Porto?
Há quantos anos eu me questiono porque é que todos os Ministérios estão instalados em Lisboa? Falando em Ministérios fala-se em Secretarias de Estado em Direcções Gerais?
Neste Governo onde como em todos os outros passados, há Ministros mais competentes que outros (alguns são uma tristeza). Para mim o Ministro da Saúde é dos mais competentes deste Governo, os lobis que enfrenta são muito fortes e nada fáceis de conciliar, sabendo nós a importância que a saúde representa na nossa vida, principalmente quando estamos mais vulneráveis pelo próprio envelhecimento populacional, a sua vida política de governante não é nada fácil.
Quando ouvi a notícia, pensei com os meus botões, aí esta uma medida de descentralização efectiva. Logo a minha sombra se riu e me avisou dos problemas que a mesma iria ocasionar. A sociedade portuguesa no seu conservadorismo crónico é adversa a mudanças.
As cidades cresceram em imóveis. Para fugir às rendas especulativas o comprar casa ao banco, apareceu como a melhor solução para as famílias. Os Governos de então apresentavam os rácios económicos do crescimento à base da construção como a solução para o país. Tudo alegre e feliz a andar sobre o betão. Nenhum dos Governantes teve a visão de que essa tendência política iria trazer muitos constrangimentos à gestão futura. Mas ela aí esta.
Uma empresa grande ou pequena ao transferir as suas instalações de uma cidade para outra terá de cumprir com determinados procedimentos, e para esses casos a Lei do Trabalho eu conheci. Não sei que estatuto têm os colaboradores do Infarmed, por isso quando ouço falar em ilegalidades face à Lei do Trabalho, calo-me.
Mas, como ando em contra-mão digo, porque é que o Ministério do Mar no futuro não se transfere para o Porto? Ou o Ministério da Agricultura para Santarém? Ou a Secretaria de Estado do Turismo para Faro? Não podem as reuniões do Concelho de Ministros e não só, serem efectuadas por vídeo-conferência?

Será que o país no futuro vai continuar a ser regido pelos interesses corporativos instalados no e do funcionalismo publico? 

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