quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Hoje é o dia que o tempo ajuda a manter na memória. Não me lembro de me teres dado à vida, sei o dia porque vocês assim mo ensinaram e registaram, mas não esqueço o telefonema que me apanhou a meio da manhã, a viagem que na zona de Abrantes cerca das duas da tarde me fez chegar a notícia que parecia adivinhar. Já lá vão dezoito anos, quando eu te coloquei na urna, um tempo com muitas mudanças na vida, mas um tempo que não apaga as memórias que ao longo dos anos soubemos construir e partilhar os quatro.
O tempo, esse mistério, na sua dita ordem natural, quis que dos quatro já só cá estejam os teus dois filhos. Filhos que semearam e criaram tuas netas e neto, na esperança sempre renovada de uma vida melhor para os novos vindouros, porque foram essas as raízes que o vosso exemplo de pais e de vida fizeram crescer em nós.
Viemos de longe de muito longe e vamos para longe, para onde parece não haver memória…

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