Demasiado
cansado para conseguir arrumar as ideias que fervem à flor da pele.
Não
é baixar os braços. Isso seria desistir. E, desistir é palavra
proibida.
É
um cansaço que dói sem dor. É um sentimento de solidão, de estar
quase sozinho rodeado de gente interesseira e pouco mais.
O
egoísmo à solta nas ruas, avenidas, nas aldeias, vilas e cidades,
entrou nas casas habitadas, divide famílias, amantes e namorados.
O
egoísmo veste-se de amor e ilude os incautos. Sorri com sorrisos de
ilusão. Veste-se de várias formas. Declara-se como se declaram os
falsos amigos. O ciúme e a inveja são as suas características mais
visíveis, mas há tantas e tantas outras formas dele se desenvolver
entre nós, sendo o fanatismo aquela que hoje se desenvolve de forma
mais perigosa, já que mistura em si, o ciúme e a inveja o bem e o
mal numa cegueira crescente.
Anda
por aí mas não se vê. Não dorme. Está sempre vivo procurando
atacar qual vírus mortífero, sem outro antídoto que não seja o do
amor singelo, desinteressado, um amor pelo bem estar de todos com
respeito pela liberdade do outro.
É
ele que me rodeia, que me quer asfixiar, que me vai sufocando,
matando tudo aquilo que um dia nos uniu.
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