domingo, 24 de março de 2019

Cansado das histórias


Pela enésima vez vejo os canais privados, inimigos desde a primeira hora desta forma de Governo a publicitar a greve e manifestação dos professores, onde é rainha a representante-líder do denominado Bloco de Esquerda. E eu até vejo pouca televisão. Contudo compreendo-a, já que, entre o namoro que vão fazendo ao PS para serem parceiros de governo, há por outro lado, que cuidar da sua base de apoio, o funcionalismo público, dando-lhes um rebuçado embrulhado em em papel não reciclável mas dito revolucionário.
Não sou contra a Lei da greve. Contudo não vejo grandes diferenças entre a greve que os sindicatos ditos democráticos e independentes dos enfermeiros fazem utilizando os indefesos doentes como arma de arremesso contra o Governo, da greves decretadas pelas estruturas dos professores que utilizam os indefesos alunos como arma de arremesso da sua luta contra o Governo. Uns e outros com o mesmo objectivo, mais dinheiro e menos trabalho.
Todos os grevistas têm as suas razões próprias, mas acima delas devem estar os cidadãos, sejam doentes ou alunos, que no fundo, são o garante dos postos de trabalho que lhes proporcionam o sustento.
Olhemos para os enfermeiros e professores dos sectores privados da saúde e do ensino, comparemos as condições de trabalho, de evolução na carreira e remuneratórias… depois puxemos pela memória, vejamos se alguma vez nos lembramos destas classes profissionais, se manifestarem na defesa de um melhor ensino, de um melhor serviço nacional de saúde, sem reivindicarem aumentos salariais ou revisões de carreira para aumentos salariais.
Repito, não sou contra a lei da greve. Mais, sou a favor do Serviço Nacional Público tão forte quanto possível, assim como, de um ensino público forte sem cedências ao sector privado.
Ando a ficar cansado de tantas greves daqueles que sendo funcionários públicos têm o emprego garantido de forma vitalícia… eu que sempre trabalhei no sector privado, sem rede vitalícia por baixo, aprendi a ler e a ver o mundo à minha volta de uma outra forma, pelo que começo a ficar cansado desta forma de se viver a democracia.

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