Pela
enésima vez vejo os canais privados, inimigos desde a
primeira hora desta forma de Governo a publicitar a greve e
manifestação dos professores, onde é rainha a representante-líder
do denominado Bloco de Esquerda. E eu até vejo pouca televisão.
Contudo compreendo-a, já que, entre o namoro que vão fazendo ao PS
para serem parceiros de governo, há por outro lado, que cuidar da
sua base de apoio, o funcionalismo público, dando-lhes um rebuçado
embrulhado em em papel não reciclável mas dito revolucionário.
Não
sou contra a Lei da greve. Contudo não vejo grandes diferenças
entre a greve que os sindicatos ditos democráticos e independentes
dos enfermeiros fazem utilizando os indefesos doentes como arma de
arremesso contra o Governo, da greves decretadas pelas estruturas dos
professores que utilizam os indefesos alunos como arma de arremesso
da sua luta contra o Governo. Uns e outros com o mesmo objectivo,
mais dinheiro e menos trabalho.
Todos
os grevistas têm as suas razões próprias, mas acima delas devem
estar os cidadãos, sejam doentes ou alunos, que no fundo, são o
garante dos postos de trabalho que lhes proporcionam o sustento.
Olhemos
para os enfermeiros e professores dos sectores privados da saúde e
do ensino, comparemos as condições de trabalho, de evolução na
carreira e remuneratórias… depois puxemos pela memória, vejamos
se alguma vez nos lembramos destas classes profissionais, se
manifestarem na defesa de um melhor ensino, de um melhor serviço
nacional de saúde, sem reivindicarem aumentos salariais ou revisões
de carreira para aumentos salariais.
Repito,
não sou contra a lei da greve. Mais, sou a favor do Serviço
Nacional Público tão forte quanto possível, assim como, de um
ensino público forte sem cedências ao sector privado.
Ando
a ficar cansado de tantas greves daqueles que sendo funcionários
públicos têm o emprego garantido de forma vitalícia… eu que
sempre trabalhei no sector privado, sem rede vitalícia por baixo,
aprendi a ler e a ver o mundo à minha volta de uma outra forma, pelo
que começo a ficar cansado desta forma de se viver a democracia.
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