1
de Maio, dia do Trabalhador, feriado nacional após o 25 de Abril.
No
outro tempo, no tempo da ditadura do Estado Novo salazarista, era
proibido festejar este dia de trabalho normal. Nas vésperas do 1 de
Maio os esbirros da policia fascista da pide-dgs, entravam nas casas
sem mandatos de captura e, prendiam quem eles achavam que eram
possíveis agitadores do pecado que era “amar a Liberdade festejar
o 1 de Maio”.
Mobilizados
e atentos os esbirros, os eunucos e os bufos da pide-dgs viviam o 1
de Maio em constante alerta não fosse o diabo tecer algum
ajuntamento de mais de 3 pessoas na rua, que já era considerado como
uma manifestação ao serviço dos inimigos da pátria. Quando no
final do dia de trabalho os mais audazes se juntavam para dar vivas e
homenagear a luta dos trabalhadores por melhores condições, lá
aparecia de imediato a celebre policia de choque comandada pelo
famoso capitão, com os seus canhões de água com tinta por forma a
que depois os esbirros, os eunucos e os bufos da policia fascista
pide-dgs pudessem identificar mais facilmente todos os audazes que
tiveram a ousadia de ao serviço dos inimigos da pátria, alterar a
paz da ordem publica.
Se
passados estes 45 anos o país festeja o 1 de Maio com um dia de
feriado, deve-se aos militares que fizeram o 25 de Abril, e não
tanto aos políticos civis que nos governaram com palavras redondas.
Se
o país tivesse aprendido com as lições do seu passado histórico e
tivesse aprendido a ser Solidário pelo menos um dia no ano, hoje dia
1 de Maio, dia do Trabalhador fazia um enorme manguito às promoções
e descontos que as cadeias de supermercado nos propõem para este
dia, não fazendo um compra de 1 cêntimo sequer nessas lojas.
Mas
o país não aprendeu a ser Solidário.
Governantes
de falas redondas, uns mais redondas e mansas que outros, tem uma
comunicação social de sentido quase único, embora pertença de
grupos capitalistas diferentes que se fazem passar por concorrentes
apenas nas receitas e não nos conteúdos.
Comunicação
social pública e privada que gosta de espalhar e difundir o medo o
pânico, que cultiva o individualismo como forma suprema da
felicidade, promove o analfabetismo fazendo da miséria cultural
programas de audiência garantida, dá tempo de antena aos fanáticos
saudosistas do 1 de Maio do Estado Novo.
No
futebol usa-se muito as expressões “a equipa pôs-se a jeito” ou
“pusemo-nos a jeito” quando se sofre golos e se empata ou perde.
A
política também engloba o futebol. O país pelas mãos invisíveis
de alguns que desde a madrugada redentora de 25 de Abril de 1974 não
dormem, vestindo muitos deles fatos finos de democratas, parece que
se esta a por-se a jeito de voltarmos ao 1 de Maio do antigo Estado
Novo em moldes diferentes é claro.

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