
Era
sábado dia de almoço com antigos companheiros de estudo na Escola
Industrial e Comercial de Peniche, uns conhecidos destes almoços
semestrais já que são uns anitos mais velhos, mas tão jovens
quanto os mais novos, outros velhos conhecidos quer da escola quer da
primária e das andanças de bicicleta a caminho da escola assim como
do regresso a casa.
Fui
cedo para Peniche. Gosto de observar os produtos e os peixes na
praça, gosto de andar pelas ruas, velhas conhecidas da minha
juventude, de sentir o bater da vida nelas, mesmo o silêncio triste
de algumas com as casas vazias de velhice me trazem recordações. As
ruas também gostam de movimento de se sentirem vividas, de escutarem
as histórias que as vizinhas sempre têm para contar mesmo quando
são de mal dizer. O pior para elas, ruas, é o silêncio da falta de
gente que as habite e nelas viva.
Visitei
uma antiga colega de escola. Entramos no primeiro ano do ciclo
preparatório no mesmo ano e na mesma turma, caminhando até ao
terceiro ano do curso Geral de Comércio sempre na mesma turma. Ela
era uma das melhores senão mesmo a melhor aluna do meu curso.
Sempre
encontro gente que olha para mim e me cumprimenta como se me
conhecessem de Peniche, educadamente respondo ao cumprimento mas não
sei quem são.
O
almoço foi como sempre bom. Qualquer ementa que seja regada com a
Amizade existente fica sempre melhor, no ponto, “al dente”. As
conversas mesmo que semestre após semestre se possam repetir são
sempre novas com as nuances que o tempo lhes confere.
Depois,
ainda deu para sentir a nortada sentado no banco frente à praia e ao
mar na Consolação olhando no horizonte a fusão dos azuis
deixando-me ir com o vento que soprava forte e com ele me fui para
outras paragens, outras recordações, outros mundos.
Do
calor anunciado para o fim de semana não havia sinal mas pouco me
importei porque ali a medida do calor é outra bem diferente dos
graus centígrados.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.