domingo, 6 de outubro de 2019

Eleições


Levantei-me aos primeiros raios da aurora. Votei manhã cedo. Depois vivi o dia normalmente sem dar atenção aos órgãos de comunicação. Ganhe quem ganhar, amanhã o sol irá aparecer a leste, terá o seu ocaso la para o final da tarde a oeste. Nos tempos mais próximos os ventos e as chuvas continuarão a ser influenciados pela localização do nosso conhecido anticiclone dos Açores.
Nesta noite ao serem conhecidos os resultados eleitorais uns cantarão vitória, os outros tentarão a todo o custo justificar a não vitória da sua mensagem. É a política felizmente.
Os cobardes abstencionistas irão justificar a sua opção egoísta dizendo que os políticos são todos farinha do mesmo saco, acusando-os de corruptos e ladrões. Fazem-no desconhecendo que isso é a própria imagem do seu carácter. Coitados. Recusam-se a olharem-se ao espelho, daí o culparem os políticos sem outras provas que não seja o bate boca de alguns jornalistas especializados em sensacionalismos justiceiros, antes da própria justiça se pronunciar de facto em sentença transitada em julgado.
Depois de arrumados os deputados eleitos, de escolhido o líder para o próximo Governo iremos saber das medidas concretas que irão influenciar a nossa vida quer privada quer colectiva. Mantendo-se de antemão o peso da dívida pública continuaremos a ter em cima das nossas cabeças o machado pesado e cortante da mesma; que o novo "var" do BCE estará atento à menor falta para demonstrar que o caminho para melhorar as condições de vida dos portugueses é altamente perigoso e lesivo dos interesses da elite neoliberal que controla pelo poder financeiro a nossa economia.
O novo arranjo de poder nos órgãos de comunicação social a concretizar-se irá contribuir para o afundar ainda mais da qualidade televisiva, levando a alienação a níveis de profunda depressão para todos aqueles que têm na televisão a sua companhia de todas as horas.
O ambiente irá continuar negro. As meias mentiras irão sobrepor-se às meias verdades. Tentarão convencer-nos a mudarmos hábitos de consumo dentro de parâmetros bem definidos pelos tais poderosos da finança de modo a continuarmos a viver felizes e contentes com a desgraça dos outros. O que se passa no Ártico e na Antártida continuará a ser servido como imagens espectaculares só possíveis pelo avanço tecnológico, nada como sendo consequência da exploração desenfreada e gananciosa da Natureza.
Os lobbies maçónicos, religiosos e gays continuarão a sua luta de poder fora dos nossos olhos. Eu que não sou gay, visto calças e não uso nem saias nem aventais continuarei pela outra margem atento aquilo que não nos contam mas está nas entrelinhas.
Por fim:
- Que os vencedores saibam honrar a oportunidade que os cidadãos votantes e interessados lhes proporcionaram para bem servirem o país.

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