domingo, 19 de junho de 2022

22.05.15

 

Por ali o mundo continua colorido de múltiplas cores. Caminha sempre acompanhado por lembranças que dançam ao som das várias músicas que a mãe Natureza oferece graciosamente livres de impostos e taxas diretas. Igualmente livre dos sabichões que tudo comentam com exímia sabedoria mesmo quando nem sabem do que estão afinal a falar, assim como daqueles que se fazem passar pelo que não são.

Por ali nada é a preto e branco e tudo tem a liberdade de nascer, viver e morrer nos seus ciclos de vida que há muitos e muitos anos se repete anualmente, desempenhando a sua tarefa existencial, quantas vezes desconhecida do viajante que por aqueles caminhos anda em busca de paz, fora dos roteiros turísticos do mundo consumista sem freio.

Foi à procura do renascer do Sol, que sempre há muitos séculos chega do lado da Extremadura espanhola. Mas o céu carregado de nuvens ameaçando a trovoada anunciada no seu pequeno aparelho de comunicação encobriu o deus Sol. Não ouviu trovões nem viu relâmpagos, mas sentiu o corpo molhado pelos pingos da chuva grossos que desceram das nuvens. Sentiu-se jovem quando a água da chuva escorria pelas faces. Há quanto tempo não sentia a chuva escorrer-lhe pela face.

A vida tem sempre algo de belo, mesmo quando os que mandam nas coisas da guerra e seus vassalos súbditos sem coluna vertebral nos querem parametrizar os neurónios de modo a que volte a dominar com todo o vigor, o pensamento único difundido vinte e quatro horas sobre vinte e quatro, numa paisagem única a preto e branco, vai tresmalhado do rebanho caminhando escutando a sinfonia livre das aves que saudavam o renascer de mais um dia . Por aqueles caminhos e quelhas não há bons nem maus, tudo e todos pertencem sem exclusão à mãe Natureza que anda triste com a ação do seu elemento Homo Sapiens. 


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