domingo, 19 de junho de 2022

22.05.10

Preparou-se e dirigiu-se ao Centro de Saúde. Já há mais de dois anos que não lhe marcavam consulta médica. Neste tempo de intervalo até mudou de médica de família. De uma Susana passou para uma Juliana que iria conhecer.

Ia com receio pois não tinha nenhum documento físico que comprovasse a marcação. Inicialmente por e-mail marcaram-lhe consulta para Julho, sendo que posteriormente lhe telefonaram alterando a consulta para a manhã de hoje. Entregou o cartão de cidadão à funcionária da segurança que o introduziu numa máquina e à segunda tentativa lá saiu o papelinho da confirmação da consulta. Subiu ao primeiro andar e aguardou na sala onde todos os utentes usavam a respetiva máscara. O ecrã dos números era falante pelo que não tinha que estar a olhar, bastava ter a audição atenta à máquina falante de voz autoritária.

Para a sala entrou depois dele uma senhora muçulmana ou casada com muçulmano, já que mesmo sem burka só se viam os olhos. No SNS todos somos utentes e iguais. Como sempre, alguém mais velho tentou furar a ordem estabelecida nas senhas distribuídas pela funcionária da segurança. É o eterno chico-espertismo dos portugueses. Cansado aguarda que o chamem. As 11H do telefonema passaram para as 11H20 da senha de confirmação da consulta. São 11H47 e a maquina falante continua sem chamar o seu número. Ele que chegou às 10H40, os tais vinte minutos antes, que antes da pandemia do sars-cov2 ou do estados de emergência lhe pediam para chegar antes da hora marcada. Não sabe se é da pandemia se dos Estados de emergência decretados . Finalmente lá o chamaram.


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