Não quero saber da pensão do
Jardim, nem do outro que é Salgado de nome. Nada disso me alimenta,
nem tão pouco trás paz aos portugueses. De nada serve criticar e
dizer mal dos tais Jardim e Salgado e aceitarmos docemente a regras
desta economia consumista, onde os políticos cedem a alguns privados
condições na obtenção de regalias que recusam à maioria de quem
trabalha, seja trabalhador, pequeno ou médio empresário.
O mesmo sinto relativamente à
ofensa que são determinadas mordomias de políticos no exercício
das suas funções. Fala-se, critica-se, grita-se, chamam-se nomes e
até se ofendem as mães dos ditos, mas na altura de votarmos, de
podermos fazer do voto a arma contra essas mordomias desajustadas,
calamos-nos votamos nos partidos onde sempre votamos ao centro que
não gostamos de turbulência política, ou simplesmente não
votamos, indo para a praia, até uma sala de dança desopilar a mente
e o corpo, ou ficarmos sentados no sofá a consumir o que os canais
televisivos nos impingem para formatarem o nosso pensar.
Quantos daqueles que hoje criticam e
partilham notícias sobre essas pensões absurdas e criminosas, sobre
essas mordomias desajustadas dos políticos, nas redes sociais seja
via computador, seja via telemóvel, já se deram ao trabalho de ir
até à sua mesa de voto e aí no seu mundo, votarem em branco ou
simplesmente anular o boletim de voto com um “Não às injustiças”
geradas nesta nossa sociedade com a conivência do poder político?
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