Fui pai há 41 anos,
na cidade de Lisboa, na Maternidade Alfredo da Costa. Depois de uma
noite passada a celebrar os anos de um amigo de peito na Cervejaria
Trindade, dirigi-me logo de manhã para a maternidade, aguardando as
notícias sobre o estado da mãe que tinha lá deixado no dia
anterior e o possível nascimento de um ser. Naquele tempo as mães
não conheciam o sexo dos filhos. Quis a natureza que o rebento fosse
uma menina. Quando cerca do meio-dia me chamaram para eu a ver a
preocupação era mostrarem-me que era uma menina nascida de
cesariana. Depois, fui apanhar o autocarro e almoçar em casa de meus
pais nos Olivais, sempre com a imagem do bebé mais bonito que algum
dia tinha visto. Essa imagem perdura e apenas foi ofuscada três anos
e meio mais tarde aquando do nascimento da segunda filha, já que
depois desse dia em vez de uma imagem passeia viver com duas imagens…
até hoje. Há momentos, que são memórias que não se esquecem, nem
se apagam da memória ram.
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