segunda-feira, 4 de junho de 2018

Há se tu soubesses

Há se tu soubesses a falta que me fazes. Podias estar longe mas fazias-me companhia, agora desde que partiste desta viagem, sinto um vazio difícil de conviver com a tua falta, com esta ausência, que em momentos me invade, e hoje é um desses dias.
Tenho-te a ti e ao nosso amigo Master, no ecran do meu computador, mas nunca foi tão longa a ausência. Nunca aquele minuto de conversa semanal, em que procurávamos saber um do outro, sem tu nunca te esqueceres das netas, foi tão longo que se torna um infinito pesado. Um minuto em que nos alimentávamos aos dois, como pesa essa ausência desse minuto, que sabendo não voltar nunca mais tem momentos, tem dias em que pego no telemóvel para ver se tem alguma chamada tua, como se isso fosse possível.
Nunca foste de muitas palavras, mas as pronunciadas foram e eram sementes de sabedoria, de exemplo e dedicação aos teus filhos e netos.
Hoje o dia, que começou como todos os outros dias nesta rotina sempre renovada, logo pela manhã ficou mais pesado do que o cinzento do céu, zanguei-me com a minha amiga e bati-lhe o que me causa sempre grande sofrimento.
Esta luta que travo dia a dia, acreditando que o amanhã pode e deverá ser melhor, também me cansa, me desgasta, mas desistir é palavra proibida e ainda acredito ser possível, por isso que o sofrimento de hoje seja paz e amor amanhã.

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