quarta-feira, 13 de junho de 2018

Mar Mediterrâneo


Mar Mediterrâneo, berço da civilização ocidental, mar onde se encontram os países do sul da Europa com os do Norte de África e da Ásia menor ou Médio Oriente. Cá deste lado do sul da Europa duas notas em dia de Santo António.

A primeira é a lufada de ar fresco na política dada pelo líder do novo governo espanhol. Num país onde ainda uma grande parte dos homens pensa de acordo com o velho ditado «as mulheres se querem em casa e de preferência com uma perna partida», apresentar um governo em que as figuras ministeriais femininas estão em maioria, é em si um facto político, uma lufada de ar fresco contra a tendência da onda conservadora e nacionalista que graça na União Europeia. Se vão governar bem? É outro assunto e caberá aos espanhóis o veredicto nas questões internas, e a todos nós que ainda acreditamos numa União Europeia estar atentos à sua posição face aos problemas europeus que a nós também nos dizem respeito.

A outra nota vai para a Itália, o poderoso país do sul nas suas eternas lutas e desconfianças internas, encontrou um governo formado por dois partidos em teoria opostos mas que se uniram escolhendo um líder para primeiro ministro um conservador à boa imagem de Mussolini. Um dos países fundadores do que hoje é a U. E. é governado agora por partidos cépticos face ao euro e anti europeístas . Suponho que na sua tomada de posse não deve ter faltado o jurar sobre a bíblia debaixo da cruz símbolo do poder religioso da igreja católica romana. No G7 mostrou-se e mal chegou a casa logo proibiu o desembarque de mais um barco cheio de emigrantes refugiados mostrando todo o seu populismo e anti-humanismo. A doutrina humanista da igreja consignada na bíblia e Cruz de Cristo sobre a qual terá jurado foi só um pró-forma para a comunicação social, já que Mussolini é o seu líder inspirador.

Felizmente em Espanha o novo líder político do governo que não jurou sobre a bíblia, aproveita a situação, mostra ser humanista e procura trazer de novo para o seio da U. E. a discussão do problema grave que os países do sul têm com o problema dos emigrantes que tudo arriscam para chegar à Europa. Duas semanas antes e Rajoy, o conservador popular teria tomado esta decisão de deixar o barco aportar a Valência? Duvido.

O problema da emigração existe e é um problema europeu que a União Europeia tem olhar de frente, não pode tapar o sol com a peneira, tem de encontrar solução que seja viável e sustentável, não é fácil mas também não será impossível.

O horizonte futuro apresenta-se cada dia mais escuro e carregado com e de ideais populistas, conservadoras e nacionalistas de mau agoiro para o futuro das minhas netas e neto assim como de todos os jovens, crianças e vindouros.

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