Mais
um dia passou e a notícia aguardada não deu sinal. Na caixa do
correio apenas e só publicidade, num vazio igual ao que existe no
peito ou na cabeça, já nem sei, o cérebro processa as emoções
mas a dor ocorre no peito, porque será… não sei...
De
manhã, depois do passeio matinal com a minha amiga Sacha, ao
sentar-me à mesa para tomar o pequeno almoço, vejo o que os canais
televisivos têm para comunicarem de novo, para lá do drama das
famílias tailandesas. E o novo não augura coisas boas para as
nossas vidas.
Vejo
um Ministro da Saúde de mãos atadas pelo colega ministerial das
finanças, afirmar que a redução do horário não vai por em causa
a qualidade prestada nas unidades hospitalares do Serviço Nacional
de Saúde. Eu julgo que ele próprio não acredita naquilo que
afirmou, pois é um ministro competente e com saber na problemática
da saúde. As razões que o levaram a dizer o que afirmou, essas
imagino mas não sei de verdade.
Aos
sindicalistas e partidos políticos apoiantes desta medida das 35
horas, digo-lhes que, aquilo que para eles é uma vitória, é para
muitos de nós utentes do SNS uma medida populista, mais um tiro que
sairá pela culatra aos portugueses que precisam do Serviço Nacional
de Saúde.
Não
é que as 35 horas não sejam justas, quando as condições económicas
e sociais o permitirem, mas hoje, objectiva e subjectivamente não me
parecem existir essas condições para a sua implementação sem que
isso acarrete mais despesa publica a financiar pelo sacrifício de
todos (impostos, taxas e juros de empréstimos), aumento das listas de espera em especialidades hospitalares em
número e em dias…
Para já, a medida satisfaz e beneficia os interesses privados que actuam na saúde, com todos aqueles que um dia votaram contra a implementação do Serviço Nacional de Saúde a esfregarem as mãos de contentes, com afirmações de falsas defesas do mesmo.
Para já, a medida satisfaz e beneficia os interesses privados que actuam na saúde, com todos aqueles que um dia votaram contra a implementação do Serviço Nacional de Saúde a esfregarem as mãos de contentes, com afirmações de falsas defesas do mesmo.
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