terça-feira, 10 de julho de 2018

Espera que cansa

Mais um dia passou e a notícia aguardada não deu sinal. Na caixa do correio apenas e só publicidade, num vazio igual ao que existe no peito ou na cabeça, já nem sei, o cérebro processa as emoções mas a dor ocorre no peito, porque será… não sei...
De manhã, depois do passeio matinal com a minha amiga Sacha, ao sentar-me à mesa para tomar o pequeno almoço, vejo o que os canais televisivos têm para comunicarem de novo, para lá do drama das famílias tailandesas. E o novo não augura coisas boas para as nossas vidas.
Vejo um Ministro da Saúde de mãos atadas pelo colega ministerial das finanças, afirmar que a redução do horário não vai por em causa a qualidade prestada nas unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde. Eu julgo que ele próprio não acredita naquilo que afirmou, pois é um ministro competente e com saber na problemática da saúde. As razões que o levaram a dizer o que afirmou, essas imagino mas não sei de verdade.
Aos sindicalistas e partidos políticos apoiantes desta medida das 35 horas, digo-lhes que, aquilo que para eles é uma vitória, é para muitos de nós utentes do SNS uma medida populista, mais um tiro que sairá pela culatra aos portugueses que precisam do Serviço Nacional de Saúde.
Não é que as 35 horas não sejam justas, quando as condições económicas e sociais o permitirem, mas hoje, objectiva e subjectivamente não me parecem existir essas condições para a sua implementação sem que isso acarrete mais despesa publica a financiar pelo sacrifício de todos (impostos, taxas e juros de empréstimos), aumento das listas de espera em especialidades hospitalares em número e em dias… 
Para já, a medida satisfaz e beneficia os interesses privados que actuam na saúde, com todos aqueles que um dia votaram contra a implementação do Serviço Nacional de Saúde a esfregarem as mãos de contentes, com afirmações de falsas defesas do mesmo.

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