Ser
professor é
uma arte para uns. Para outros
ser professor é sua vocação de vida, mas para muitos outros ser
professor foi a solução encontrada após terem terminado os seus
estudos superiores,
e face à dificuldade em encontrar trabalho na economia privada
optaram
por conseguir emprego no Estado.
Há
professores que na sua arte de comunicação, na
sua devoção à causa do ensinar, as suas aulas são uma festa de
aprendizagem onde o tempo de aula passa demasiado rápido, ficando
para sempre na memória de muitos dos seus alunos.
Mas
há professores que passam a vida de docência a debitar anos após
anos a mesma matéria, e ou aquilo que outros professores em salas de
ar condicionado na Avenida 5 de Outubro lhes mandam dizer de forma
acrítica,
exercendo
a sua função como um trabalhador numa linha de montagem
semi-automática.
Chegam,
debitam o que tem a debitar de acordo com o programa e voltam para
casa com a noção do dever cumprido, pouco se importando se os
alunos entenderam o que lhes tinha debitado. Fez o que tinha a fazer
e cada um que se desenrasque. Se o aluno não entendeu que procure um
centro de explicações que agora há muitos ao redor da escola.
A
escola
não é o principal centro de educação das crianças e jovens, mas
é o principal centro de formação dos Homens e Mulheres deste País.
Como
olhar a luta que sindicatos e ministério têm travado neste último
ano?
Onde estão, onde
ficam
os interesses dos alunos e do País?
Quantos professores efectivos estão alocados em secretárias do Mega
Ministério
de Educação pelo país fora, sem darem aulas há mais de dois anos?
Quantos professores exercem a sua actividade sindical sem darem
aulas, e já agora quantos sindicatos de classe existem?
Dúvidas que me assistem num problema onde a arte e a vocação de ensinar deveria estar acima dos interesses pecuniários de classe, com o devido respeito Governamental por quem exerce a mesma arte com vocação, entusiasmo e sacrifício. Em vez disso vamos assistindo à triste guerra prolongada de alecrim e manjerona.
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