A
miúda chegou à Doca de Santos num iate que dizem ecológico. Sem
conhecimento para o negar resta-me a liberdade de duvidar da ecologia
do barco.
Não
sei se o mesmo foi feito de materiais reciclados, se a madeira que o
mesmo deve possuir foi obtida de floresta sustentável ou se a mesma
teve origem no abate clandestino de alguma floresta africana ou
americana, isto para não falar no custo ecológico e monetário do
mesmo. Nem sequer reparei se o mesmo possui velas ou se trabalha
apenas com a energia solar, o que duvido. Se possui velas de que
material? Qual a sua origem?
Não
sei porque mas nunca fui capaz de lhe dar minutos de atenção, é
que desconfio de tanta ecologia. Depois tenho este mau feitio de não
ter paciência para ouvir tanta prosa sobre o ambiente de
pessoas que falam e falam mas só da superfície… parecendo-se com
alguns
fundamentalistas
que não comem carne porque se importam com o sofrimento dos animais
mas comem peixe sem se importarem com o sofrimento destes quando são
retirados da água morrendo asfixiados.
Madrid
é e
foi mais
um foguetório de gente que quer aparecer a dizer coisas para que a
política económica do sistema continue a crescer para salvaguarda
dos caboucos que sustentam o estado das coisas a que chegamos. De
Madrid aplica-se nesta
situação o
antigo ditado do orgulhosamente sós que dizia que «de Espanha nem
bom vento nem bom casamento» hoje
felizmente caído
em desuso.
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