quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ecologia




A miúda chegou à Doca de Santos num iate que dizem ecológico. Sem conhecimento para o negar resta-me a liberdade de duvidar da ecologia do barco.
Não sei se o mesmo foi feito de materiais reciclados, se a madeira que o mesmo deve possuir foi obtida de floresta sustentável ou se a mesma teve origem no abate clandestino de alguma floresta africana ou americana, isto para não falar no custo ecológico e monetário do mesmo. Nem sequer reparei se o mesmo possui velas ou se trabalha apenas com a energia solar, o que duvido. Se possui velas de que material? Qual a sua origem?
Não sei porque mas nunca fui capaz de lhe dar minutos de atenção, é que desconfio de tanta ecologia. Depois tenho este mau feitio de não ter paciência para ouvir tanta prosa sobre o ambiente de pessoas que falam e falam mas só da superfície… parecendo-se com alguns fundamentalistas que não comem carne porque se importam com o sofrimento dos animais mas comem peixe sem se importarem com o sofrimento destes quando são retirados da água morrendo asfixiados.
Madrid é e foi mais um foguetório de gente que quer aparecer a dizer coisas para que a política económica do sistema continue a crescer para salvaguarda dos caboucos que sustentam o estado das coisas a que chegamos. De Madrid aplica-se nesta situação o antigo ditado do orgulhosamente sós que dizia que «de Espanha nem bom vento nem bom casamento» hoje felizmente caído em desuso.



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