terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Continuamos com a saga do frio. Só nos falam do frio que parece estar sempre para chegar. Sobre a chuva que não cai nem uma palavra. Sobre a seca que perdura nem uma opinião ou ideia. Apenas frio e frio.
Ao sair espreitei o céu por detrás dos cogumelos de betão, olhei a Estrada Nacional 10, o telhado do supermercado e fui como o faço todos estes dias de inverno quando não chove. O frio esperava-me na rua para me fazer companhia na minha caminhada. Um frio de Fevereiro normal sem geada fora da zona habitacional, um frio verde, qual amarelo e muito menos branco.
Ligo a televisão e lá sou bombardeado com as histórias do frio. Políticos de vários matizes aproveitam o frio e fazem da miséria vergonhosa que é a existência de sem abrigos nas suas cidades acções de caridade piedosa, só faltaram as selfies. Tudo serve para promoções televisivas.
Como só consigo ver um canal de cada vez, não consegui saber se os da SIC tinham dado imagens ou notícias ontem sobre aquilo que eu considero uma boa notícia para a nossa economia. Nos jornais matutinos apenas o pasquim que usa o I como identificação, fala mas de uma forma negativa a mostrar o azedume e a raiva perante uma boa notícia. Efacec, a maior empresa no seu ramo, capitalizada e salva depois de vários anos a ser gerida por amiguetes da política caseira, foi capitalizada há bem pouco tempo pela empresária angolana Isabel dos Santos, continua com o saber e a inovação das suas gentes a trabalhar e a inovar, inaugurando mais uma unidade de produção, um investimento de milhões, que lhe permitem continuar na frente do pelotão nesta quarta revolução industrial. Talvez se o maior accionista, que é a Isabel dos Santos, fosse chinês ou americano e em vez de apenas lá ter estado e bem o Ministro da Economia, lá estivesse todo o Governo com o Presidente da Republica na primeira fila. Para os nossos lideres comunicacionais o capital também incorpora preconceitos tristes.
Além do frio, aí temos a fazer primeiras paginas o pequeno candidato a ditador narcisista de Alvalade a bombardear-nos com as suas tristes ideias de poder quase absoluto «eu sou o salvador, sem mim não há nem Sol nem Lua só o Diabo, só e apenas comigo a bola é redonda e o verde é a cor da esperança». Será que o pequeno candidato a ditador narcisista não percebe que esta a fazer um grande favor ao seu vizinho da segunda circular, a quem infelizmente chama de inimigo, ou será que também ele estará à espera de um telefonema… Triste sorte a de muitos sportinguistas que acreditam e vão atrás do populismo barato e perigoso do pequeno candidato.
Outra imagem triste é a figura que um Ministro que se diz do Ambiente continua a fazer com o problema da poluição do Rio Tejo. O rio, as populações ribeirinhas, o cidadão comum, o ambiente o que gostariam de ter era há muito políticas firmes que obrigassem as industrias e os conselhos ribeirinhos a só poderem lançar no rio as águas residuais devidamente tratadas das suas ETAR’s.
O seu colega do anterior governo tratou muito mal a questão ambiental mas safou-se como o ministro do saco de plástico e lá foi promovido para um bom tacho. Esperávamos que também no seu ministério pudesse haver mudança de agulha, reversão nas políticas seguidas pelo anterior governo, mas tudo parece continuar na mesma, em nome de uma falsa concorrência onde tudo se permite aos empresários e seus agentes mais gananciosos, poderosos, face aos empresários que cumprem as disposições sobre a defesa do ambiente, e assim se matam impunemente ecossistemas de valor incalculável.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.