O
var e o arbitro ou o arbitro e o var, deram aso ou estão dando azo a
que este país fique ainda mais divido, entre os amantes clubísticos
do futebol ,e entre estes e os que não gostam do tal desporto, aqui,
pelo tempo de antena dedicado ao assunto.
Durante
muitos anos um clube dominou os meandros à volta do jogo de futebol,
até que um dia a bolha rebentou na alcofa do presidente que em nome
de uma estrutura dominava a seu belo prazer as provas cá do burgo.
Ouviram-se notícias, fugas de informação por todos os buracos, uns
ao ataque e outros na defensiva, para no final e face às fracas
alegações de um juiz afeto a um clube rival, ser tudo absolvido
só faltando anular as escutas que sendo pronuncia do norte
indiciavam muita fruta a influenciar os resultados do simples e
complexo jogo de futebol. Escutas
que milagrosamente pararam quando a caminho do sul chegaram
a Leiria, talvez com medo de
envergonhar a Senhora de Fátima, quem sabe ou saberá?
Mas
a guerra pelo domínio das pessoas que vivem à grande e à francesa
à custa do futebol não parou, continuou e vai continuar enquanto
houver clubes que disputem títulos, como alguns gostam de dizer, o
futebol é um grande negócio, que move grandes redes de interesses e
influências no mundo dos outros negócios.
Ainda
a história das escutas do caso “apito dourado” não estavam
totalmente esquecidas ou arquivadas, eis que da nuvem ou da memória
de vários computadores parecem terem
sido extraídos do bico da águia vitória e-mails, uns atrás
dos outros, cada um mais indiciador de influências e decisões extra
jogo de futebol. Não existindo
tanto quanto se sabe e-mails de alcofa, os que existem de “missas”,
“padres”, “classificações de árbitros” e “alcofas extra
de alguns árbitros” não são desmentidos na comunicação social,
aguardando-se que quem de direito consiga investigar e tirar
conclusões sem interferências das tais redes de poder indiciadas
como ligadas aos dirigentes desse clube.
Estaria
assim o terceiro clube dos chamados grandes, os lagartos agora também
denominados de leões, em vantagem moral sobre os “dragões do
apito dourado” e sobre “as águias dos e-mails”? Mas eis que o
seu presidente, candidato pequeno a absolutista, desencadeia
sucessivas guerras internas, pelo poder absoluto, utilizando
terminologia pouco consentânea com o lugar de presidente da
instituição de Alvalade quer com
os seus opositores internos quer opositores
externos. Depois de
ter feito um bom trabalho de saneamento financeiro no clube, na
ambição louca e desmedida de ganhar títulos mostra-se um aprendiz
de feiticeiro dos outros concorrentes externos, quando o caminho
deveria continuar a ser
totalmente o inverso.
Dos
velhos do Restelo só tristezas, aliás casa onde não há pão todos
ralham e ninguém tem razão. Perderam para um “boy aventureirista”
o controle da SAD. Hoje, a equipa que ainda joga no Restelo e ainda
veste de azul, já não é dos “pasteis de Belém”, não se
sabendo bem a quem pertence. Um clube que viveu muitos anos agarrado
a um passado que há muito deixou de existir poderá ressuscitar se
for capaz de se olhar ao espelho e começar do zero sem ambições de
loucuras agarradas a histórias de sucesso no longínquo século
passado e para isso não tem muito tempo para se fazer ao caminho.
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