O
rio Tejo e a poluição
As
empresas poluentes nas margens do Rio Tejo só o são porque o poder
central e autárquico tem sido ao longo dos anos fraco e mole. Hoje
em dia há tecnologia que trata as águas residuais de qualquer
industria ou autarquia, só que essa tecnologia custa dinheiro que as
ditas entidades privadas e publicas não se mostram disponíveis para
nelas investirem. Uns por usura e ganancia do lucro, outros porque a
manta orçamental é curta e os recursos são desviados para outras
finalidades.
As
celuloses podem e devem continuar a trabalhar mas têm de ser
obrigadas a tratar os seus efluentes antes de os poderem lançar ao
Tejo. Já na década de 80 visitei uma fábrica de produtos
farmacêuticos a norte de Paris, onde um emigrante português nos
explicou a forma como os efluentes eram tratados e no final da ETAR
ele bebia um copo dessa mesma água tratada.
Cá, nessa mesma época, os
produtores de produtos farmacêuticos na cintura de Lisboa, mandavam
tudo pelo esgoto publico porque essa era a solução mais fácil,
barata e
possível em alguns casos.
De então para cá a tecnologia e os métodos de tratamento das águas
residuais evoluíram muito.
Não
sou produtor de eucaliptos, só tenho meia dúzia de oliveiras
centenárias algumas, mas não sou fundamentalista contra o eucalipto
nem contra as empresas que o transformam e produzem a pasta e o
papel. Hoje, repito, há tecnologia e saber para que a poluição
nessa industrias seja reduzida quase a zero, só que é preciso
investir e respeitar o ambiente. Os lucros obtidos pelas empresas em
causa demonstram que podem e devem fazer esses investimentos, antes
de lhes ser vedada a autorização de lançarem um litro que seja de
água não tratada no leito do Rio Tejo.
Depois
se o Rio Tejo falasse haveria muitas autarquias ao longo do seu
percurso até a foz a ficar muito mal na fotografia da sua história.
Como o poder autárquico ao longo das margens do rio é
maioritariamente afeto ao PS e à CDU com algumas ilhas afetas ao PSD
são mais estes autarcas e bem, que falam da poluição no Rio Tejo
com visibilidade televisiva, enquanto
os outros tentam passar despercebidos entre as águas chorosas do
Rio.
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