domingo, 6 de maio de 2018

Dor ausente


Nunca como agora a ausência de um telefonema foi tão sentida, uma dor de ausência, o sentimento de que pouco lhes importo acentua-se, com eles a lembrança dos tempos difíceis que passei na Moita. Sentimentos que por mais que não queira, deixa marcas invisíveis no peito, uma ausência que parece cortar, dilacerar o pobre do peito. Nem o eterno perguntar porquê?, encontra justificação ou paliativos para esta forma de dor ausente.
Perante esta dor só há um caminho, vencer tudo e todos, não me deixando cair nas lamentações que normalmente conduzem a estados depressivos. Conheço o seu sabor mas não o quero sentir ganhar mais espaço do que aquele que já habita em mim. Esta dor de ausência pode cortar o peito, mas não me vai matar, porque não vou deixar.

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