Até
prova em contrário o advogado não poderia dizer outra coisa, para
lá dos enigmas que deixou no ar. Se todos os arguidos fossem
culpados depois de julgados, na e só pela justiça, não havia nem
prisões que chegassem para os albergar, nem tanto falatório em
julgamentos populares, quais fogueiras inquisitoriais.
Desde
a sua nomeação como ministro que, sempre se soube que ele era um
dos braços que o sr. DDT-RS, agora caído em desgraça, tinha dentro
daquele governo. Não era o único, talvez o mais vaidoso.
Estranho
é só virem a publico notícias de possíveis ligações muito mal
cheirosas com elementos daquele governo. Será que antes e depois o
sr. DDT-RS não tinha súbditos nomeados em lugares de governação,
para irem fazendo o seu “trabalhinho” em benefício de um grupo
económico com nome na praça, bajulado até ao raiar da hipocrisia
pelos mesmos jornalistas que agora o acusam de todas e mais algumas
patifarias?
Quantos
dos actuais acusadores não beijavam a calçada por onde o tal sr.
DDT-RS passava?, basta ir aos arquivos televisivos, observar
escutando, as entrevistas, as reportagens que faziam sobre os grandes
méritos que lhe eram atribuídos, neste país ele era o rei, o
exemplo maior do que era ser empreendedor, em total desrespeito pelos
outros empreendedores que anonimamente levam a água ao seu moinho
permitindo ao país exportar bens transacionáveis, mesmo sofrendo a
usura imposta pelo poder financeiro.
E,
porque a classe política é fraca em quase todas as vertentes, desde
a cultural até à moral e ética, é que estes casos estão minando
a nossa Democracia. Acusam-se e fazem-se julgamentos pré-concebidos,
lançando para a fogueira elementos que infelizmente nos governaram
dizendo-se “da esquerda democrática” como muitos gostam de
dizer para fugirem ao incomodo ou alergias que o poder ser de
esquerda lhes provoca na pele. Sujeitos, que na sua acção
governativa sujaram e adulteraram a imagem daquilo que deveria ser um
governante de esquerda na difícil luta de nos levar a uma sociedade
mais decente, mais solidária para todos.
O
julgamento de tais personagens, que infelizmente repito, passaram
pela política, deve e tem de ser feito pela e só no recato da
justiça, nunca na praça publica televisiva.
O
julgamento político caberá a cada um de nós fazê-lo.
Contudo,
a comunicação social, alguns políticos, e, a falta de cultura
cívica e política da generalidade dos cidadãos, permite que os
inimigos da Democracia de mãos dadas com os saudosistas do passado,
façam dessas personagens ditos “da esquerda democrática” nos
possíveis negócios escuros mal cheirosos, muito tristes se forem
verdadeiros, a bandeira da luta contra a Democracia, contra a
Liberdade, contra todos aqueles que vêm nas políticas sociais de
esquerda o caminho mais curto para uma “Sociedade Decente”, onde
cada um de nós tem os seus direitos e igualmente os seus deveres e
obrigações a cumprir, como garantia dos tais direitos.
Nada
honestamente se faz ou consegue sem trabalho, nem existem almoços
grátis.
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