quarta-feira, 2 de maio de 2018

Não há almoços grátis


Até prova em contrário o advogado não poderia dizer outra coisa, para lá dos enigmas que deixou no ar. Se todos os arguidos fossem culpados depois de julgados, na e só pela justiça, não havia nem prisões que chegassem para os albergar, nem tanto falatório em julgamentos populares, quais fogueiras inquisitoriais.
Desde a sua nomeação como ministro que, sempre se soube que ele era um dos braços que o sr. DDT-RS, agora caído em desgraça, tinha dentro daquele governo. Não era o único, talvez o mais vaidoso.
Estranho é só virem a publico notícias de possíveis ligações muito mal cheirosas com elementos daquele governo. Será que antes e depois o sr. DDT-RS não tinha súbditos nomeados em lugares de governação, para irem fazendo o seu “trabalhinho” em benefício de um grupo económico com nome na praça, bajulado até ao raiar da hipocrisia pelos mesmos jornalistas que agora o acusam de todas e mais algumas patifarias?
Quantos dos actuais acusadores não beijavam a calçada por onde o tal sr. DDT-RS passava?, basta ir aos arquivos televisivos, observar escutando, as entrevistas, as reportagens que faziam sobre os grandes méritos que lhe eram atribuídos, neste país ele era o rei, o exemplo maior do que era ser empreendedor, em total desrespeito pelos outros empreendedores que anonimamente levam a água ao seu moinho permitindo ao país exportar bens transacionáveis, mesmo sofrendo a usura imposta pelo poder financeiro.
E, porque a classe política é fraca em quase todas as vertentes, desde a cultural até à moral e ética, é que estes casos estão minando a nossa Democracia. Acusam-se e fazem-se julgamentos pré-concebidos, lançando para a fogueira elementos que infelizmente nos governaram dizendo-se “da esquerda democrática” como muitos gostam de dizer para fugirem ao incomodo ou alergias que o poder ser de esquerda lhes provoca na pele. Sujeitos, que na sua acção governativa sujaram e adulteraram a imagem daquilo que deveria ser um governante de esquerda na difícil luta de nos levar a uma sociedade mais decente, mais solidária para todos.
O julgamento de tais personagens, que infelizmente repito, passaram pela política, deve e tem de ser feito pela e só no recato da justiça, nunca na praça publica televisiva.
O julgamento político caberá a cada um de nós fazê-lo.
Contudo, a comunicação social, alguns políticos, e, a falta de cultura cívica e política da generalidade dos cidadãos, permite que os inimigos da Democracia de mãos dadas com os saudosistas do passado, façam dessas personagens ditos “da esquerda democrática” nos possíveis negócios escuros mal cheirosos, muito tristes se forem verdadeiros, a bandeira da luta contra a Democracia, contra a Liberdade, contra todos aqueles que vêm nas políticas sociais de esquerda o caminho mais curto para uma “Sociedade Decente”, onde cada um de nós tem os seus direitos e igualmente os seus deveres e obrigações a cumprir, como garantia dos tais direitos.
Nada honestamente se faz ou consegue sem trabalho, nem existem almoços grátis.

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