Os órgãos de comunicação que ao longo
dos últimos dois três anos têm promovido a figuras pública
pessoas que defendem valores da raça branca sobre em especial a raça
negra esquecendo que a origem a todos é comum, pessoas que defendem
valores muito próximos do nazismo e do fascismo, desde ontem à
noite que não falam de outra coisa que não seja os insultos
racistas que se verificaram num jogo de futebol em Guimarães onde
energúmenos cobardes gritaram e ofenderam o jogador Marega que saiu
do campo sozinho revoltado com os insultos mas talvez também pela
atitude complacente, não só, com os seus colegas de equipa, mas
também com a complacência de uma equipa de arbitragem comandada por
um conhecido "padre sem paramentos", auxiliada por um
"ferarri encarnado" os quais se esqueceram(?) de cumprir
com os regulamentos do organismo superior das competições
futebolísticas, a FIFA, que manda nestes casos suspender o jogo de
imediato, saindo todos do rectângulo de jogo.
As
virgens ofendidas da comunicação televisiva que só falavam dos
energúmenos e cobardes adeptos de claques sportinguistas que
invadiram e atacaram os seus próprios jogadores, esquecendo,
limpando e branqueando imagens de outras claques de outros clubes tão
ou mais energúmenos que aqueles de Alcochete, que não só, também
eles já invadiram centros de estágios, como uma delas já tem no
seu curriculum pelo menos duas mortes, falam agora muito ofendidos do
que há muito grassa e cresce no futebol sob a protecção de
venerandos dirigentes que se apoderaram de tais instituições, "O
Fanatismo Odioso" .
Até se parecem com os PIDES da Catota
em Angola que depois de Abril74 em reuniões onde eu estava presente
se diziam serem pela Democracia que sempre defenderam.
Quanto
aos órgãos que superintendem o futebol, Liga, Federação, Governo
através de uma Secretaria de Estado, emitirão comunicados de
palavras redondas, ofendidas de repulsa pelo acontecido, abrirão um
inquérito, talvez o clube de Guimarães sofra uma multa mais pesada,
talvez veja o estádio interdito aos adeptos, recorrendo o clube
talvez aos advogados que com recursos têm impedido que se efectuem
jogos à porta fechada num outro clube, cujos processos se vão
arrastando numa qualquer gaveta de um juiz ou funcionário de justiça
amigo.
Por parte do Governo, a nulidade negativa configurada
num Secretário de Estado aos costumes dirá pouco que mais que nada
enunciando as ocasionais palavras que somos todos contra qualquer
forma de racismo podendo acrescentar que estará em curso um processo
de averiguações.
Qual
será a posição do Director Geral da PSP que numa entrevista
televisiva que gostei de ouvir deu mostras de ser intransigente para
com os energúmenos cobardes que vivem e se escondem nas famigeradas
claques ou grupo de adeptos organizados cujo origem é a mesma,
extremistas organizados a soldo das direcções dos clubes (quais
guardas pretorianas), sob a imagem de que dão colorido ao
espectáculo futebolístico. Um colorido fanático a acicatar ódios
entre adeptos e jogadores.
Depois
com o passar do tempo talvez o ocorrido seja esquecido pelos que se
deixam embalar no amor-fanático-clubístico, pelas vitórias dos
seus clubes ou da selecção nacional em mais um europeu. E tudo
continuará como dantes.
Depois,
bem depois, alguns dirão que não, que isto não anda tudo ligado
que o futebol nada tem a ver com a política, pelo que as claques e
ou grupo organizados de adeptos não deverão ser totalmente
proibidos, continuando a andar pelos tais órgãos de comunicação a
defender a existências das mesmas desde que com certos limites nunca
enunciados, porque o fanatismo e o ódio não têm limites.
Depois,
outra vez, virada a página do futebol-política-futebol, entrando na
página da sociedade em geral iremos continuar passivamente a
queixarmos-nos muito ofendidos com o aparecimento de populistas
arrivistas, videirinhos farsantes, mentirosos e saudosistas da
ditadura de uma pequena classe de elite sobre todas as outras
classes, como são estas aves negras do Chega que vêm chegando da
hibernação democrática a que se submeteram disfarçados,
mascarados e recauchutados durante anos e que agora tão promovidos
são, nos tais órgãos de comunicação de virgem ofendidas com
aquilo que ontem à noite ocorreu num jogo de futebol, como se isso
não fosse corrente na sociedade em geral que em palavras repudia o
racismo mas que na pratica olha para o lado de forma sempre mais ou
menos encoberta e complacente.
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