segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

As virgens ofendidas.


Os órgãos de comunicação que ao longo dos últimos dois três anos têm promovido a figuras pública pessoas que defendem valores da raça branca sobre em especial a raça negra esquecendo que a origem a todos é comum, pessoas que defendem valores muito próximos do nazismo e do fascismo, desde ontem à noite que não falam de outra coisa que não seja os insultos racistas que se verificaram num jogo de futebol em Guimarães onde energúmenos cobardes gritaram e ofenderam o jogador Marega que saiu do campo sozinho revoltado com os insultos mas talvez também pela atitude complacente, não só, com os seus colegas de equipa, mas também com a complacência de uma equipa de arbitragem comandada por um conhecido "padre sem paramentos", auxiliada por um "ferarri encarnado" os quais se esqueceram(?) de cumprir com os regulamentos do organismo superior das competições futebolísticas, a FIFA, que manda nestes casos suspender o jogo de imediato, saindo todos do rectângulo de jogo.
As virgens ofendidas da comunicação televisiva que só falavam dos energúmenos e cobardes adeptos de claques sportinguistas que invadiram e atacaram os seus próprios jogadores, esquecendo, limpando e branqueando imagens de outras claques de outros clubes tão ou mais energúmenos que aqueles de Alcochete, que não só, também eles já invadiram centros de estágios, como uma delas já tem no seu curriculum pelo menos duas mortes, falam agora muito ofendidos do que há muito grassa e cresce no futebol sob a protecção de venerandos dirigentes que se apoderaram de tais instituições, "O Fanatismo Odioso" .
Até se parecem com os PIDES da Catota em Angola que depois de Abril74 em reuniões onde eu estava presente se diziam serem pela Democracia que sempre defenderam.

Quanto aos órgãos que superintendem o futebol, Liga, Federação, Governo através de uma Secretaria de Estado, emitirão comunicados de palavras redondas, ofendidas de repulsa pelo acontecido, abrirão um inquérito, talvez o clube de Guimarães sofra uma multa mais pesada, talvez veja o estádio interdito aos adeptos, recorrendo o clube talvez aos advogados que com recursos têm impedido que se efectuem jogos à porta fechada num outro clube, cujos processos se vão arrastando numa qualquer gaveta de um juiz ou funcionário de justiça amigo. 
Por parte do Governo, a nulidade negativa configurada num Secretário de Estado aos costumes dirá pouco que mais que nada enunciando as ocasionais palavras que somos todos contra qualquer forma de racismo podendo acrescentar que estará em curso um processo de averiguações.

Qual será a posição do Director Geral da PSP que numa entrevista televisiva que gostei de ouvir deu mostras de ser intransigente para com os energúmenos cobardes que vivem e se escondem nas famigeradas claques ou grupo de adeptos organizados cujo origem é a mesma, extremistas organizados a soldo das direcções dos clubes (quais guardas pretorianas), sob a imagem de que dão colorido ao espectáculo futebolístico. Um colorido fanático a acicatar ódios entre adeptos e jogadores.
Depois com o passar do tempo talvez o ocorrido seja esquecido pelos que se deixam embalar no amor-fanático-clubístico, pelas vitórias dos seus clubes ou da selecção nacional em mais um europeu. E tudo continuará como dantes.
Depois, bem depois, alguns dirão que não, que isto não anda tudo ligado que o futebol nada tem a ver com a política, pelo que as claques e ou grupo organizados de adeptos não deverão ser totalmente proibidos, continuando a andar pelos tais órgãos de comunicação a defender a existências das mesmas desde que com certos limites nunca enunciados, porque o fanatismo e o ódio não têm limites.
Depois, outra vez, virada a página do futebol-política-futebol, entrando na página da sociedade em geral iremos continuar passivamente a queixarmos-nos muito ofendidos com o aparecimento de populistas arrivistas, videirinhos farsantes, mentirosos e saudosistas da ditadura de uma pequena classe de elite sobre todas as outras classes, como são estas aves negras do Chega que vêm chegando da hibernação democrática a que se submeteram disfarçados, mascarados e recauchutados durante anos e que agora tão promovidos são, nos tais órgãos de comunicação de virgem ofendidas com aquilo que ontem à noite ocorreu num jogo de futebol, como se isso não fosse corrente na sociedade em geral que em palavras repudia o racismo mas que na pratica olha para o lado de forma sempre mais ou menos encoberta e complacente.

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