Com
a idade vão aparecendo as maleitas, as dores e outras mazelas quer
físicas quer mentais. Com a idade ficamos mais sensíveis aos medos.
Medos quer das doenças e outras maleitas quer dos outros medos que
os senhores, donos do mercado, nos infundem a toda a hora com
notícias tão ou mais alarmantes do que o perigo em si mesmo. Claro
que devemos ter sempre cuidados com a própria saúde, com a falta
dela ou com os surtos e epidemias que ciclicamente aparecem e nos
querem visitar, pondo em perigo a nossa velha companheira de viagem
que é a saúde.
Uma
coisa é termos cuidado, evitarmos situações de risco que possam
tornar o nosso sistema imunitário mais vulnerável do que a própria
idade o vem tornando. Outra coisa é deixarmos que o medo de podermos
ser vítimas dos desconhecidos fungos, bactérias e vírus, tome
conta de nós fragilizando-nos mentalmente ao ponto de termos medo de
sair à rua, medo de andar em transportes públicos com outras
pessoas que usam máscaras para respirarem, medo de ir a um hospital
publico, de ir ao centro de saúde com medo dos doentes que possam lá
estar. Medo até de ter medo.
O
não ao medo é necessário e urgente, pois o medo é um outro vírus,
velho mas
em constante
renovação. Um vírus para o qual a cura depende mais de nós
próprios do que de todos os meios que o Serviço
Nacional
de Saúde
ou das próprias forças de
segurança tenham à nossa disposição.
O
medo é o vírus que os donos do mercado espalham quase em continuo
através dos seus fiéis órgãos de comunicação. Um vírus para o
qual não há vacina disponível a não ser a nossa própria
capacidade de resistir de lhe dar um pontapé no cú mandando-o às
urtigas mais venenosas que existem.
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