terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Não, não vou por aí

Não, não quero discutir política. Fujo dessas discussões sem meter a cabeça na areia como a avestruz. Fujo quer da política, quer do futebol cá do reino, uns e outros viciados cada um a seu modo com alguns pontos comuns. Não quero saber se o “A” fala verdade ou se esta calado, se o “B” disse o que disse ao meter a mão na massa em negócios públicos ou as contas do “C” certinhas ao tostão para uns e para outros enganou-se em mais de um milhão. Tudo isso que nos dizem e nos querem fazer crer, não passa do prefácio para uma nova telenovela real que muitos de nós já vivemos lá atrás no tempo em que o tempo não existia fora das mordaças abjectas do regime. Já dei para esse longo e cansativo peditório.
Estou cansado, quero paz, pelo que me canso ao ouvir as notícias de imagens televisivas, os folhetins investigatórios emitindo juízos condizentes a julgamento popular de acordo com os interesses de “justiceiros” duvidosos, que com amigos na sombra manobram os cordéis da comunicação que nos servem em bandejas “democráticas” como se os seus pareceres fossem verdades absolutas onde o contraditório esta normalmente ausente.
Democratas de fatinho de marca, bem falantes de falas redondas, submissos com o capital inimigo das amplas liberdades obtidas depois de Abril74, trouxeram-nos com as suas falas e medos para o actual estado onde a Democracia se vê ameaçada por uma Justiça justiceira, por uma comunicação social populista amiga de extremistas, saudosa dos tempos em que o “botas” e os seus capangas nos traziam amordaçados com medo até de que as paredes ouvissem os nossos sonhos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade!
Não, não vou por aí, recuso-me a seguir o rebanho, prefiro ser uma ovelha ranhosa na outra margem.  

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