segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Os papagaios


Os papagaios televisivos do Reino a mando dos seus chefes na sombra, andam loucos para que apareça um caso positivo do filha da puta do vírus chinês baptizado de "coronavírus". Correm desenfreados atrás das suspeitas todos reclamando exclusividade, esfregam as mãos para que os técnicos de saúde do IRJ comuniquem o resultado de alguma das análises à DGS seja positivo. Murchos, desiludidos até hoje felizmente, aguardam qual alcateia esfomeada que surja nova suspeita de que o filho da puta do vírus se possa ter alojado num humano habitante deste reino ou que esteja em transito por cá.
Emboscados que estão nesta ansiedade ansiosa, eis que surge a triste notícia de um cidadão português infectado ao largo do Japão, trabalhador que é duma dessas cidades-flutuantes-poluentes que tantos sonhos criam em tantos cidadãos da tal nomeada classe média, onde tantos gostam de pertencer.
- E agora?
- Como é que podem utilizar este caso do cidadão português infectado lá longe no oriente, para continuarem a atacar dissimuladamente o nosso Serviço Nacional de Saúde público?
- Que notícias fabricar para atacar o Governo do Estado pelo que deveria ter feito e não fez?
- Quantos dos papagaios televisivos já correram, voaram e nadaram para chegarem perto do tal navio cidade-flutuante-poluente a fim de obterem em exclusividade uma imagem, uma fotografia do cidadão português infectado e, ao que parece meio abandonado no seu cubículo pela estrutura empresarial dona ou gestora da tal cidade-flutuante-poluidora?
- Como não podem atacar os SNS nem os amigos empreendedores privados da cidade-flutuante-poluidora viraram-se para a Embaixada de Portugal no Japão criando cenários nas mentes dos seus fieis seguidores, alguns dos quais esperam já ansiosos pela investigação a levar a cabo pelas jornaleiras da praxe que a tudo tem acesso e sobre tudo sabem de sua justiça.
Entretanto a ave agoirenta que comanda os destinos da sua ordem profissional continua a sua cruzada por um Serviço Nacional de Saúde nas mãos de privados e companhias de seguro bem mais suas amigas ao seu jeito.
Tudo “A Bem da Nação ou do Reino”, já nem sei.

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