sexta-feira, 21 de outubro de 2022

22.05.29

Deitou-se cedo como vem sendo hábito nos últimos tempos.

Foi paulatinamente ao longo dos últimos anos perdendo o interesse pela televisão. Não sente curiosidade nem interesse em ouvir tanto especialista que nas televisões botam “faladura” sobre todas as coisas. Falam com ares de sabichões, opinando da forma e do modo que o "chefe pagante'' gosta, que eles opinem, sabichões que tudo sabem e pouco dizem.

De novelas não gosta simplesmente. Basta-lhe a novela real da sua própria vida. Já nem se lembra qual foi a última que viu. Tantos são os anos que entretanto passaram.

Podia ver um filme ou outro, mas nem isso lhe puxa a atenção.

Ler livros, ouvir musica, é o seu refúgio. Se no tempo em que vivia desafogado os seus vícios se limitavam à compra de discos em vinil e depois cd's, assim como colecionar garrafas de bons vinhos, hoje o vício virou-se para os livros. Sempre gostou de ler, continuando a desconhecer as regras gramaticais.

Para a música tem a alternativa do YouTube. Quanto aos vinhos, deixou-se de loucuras. O rendimento disponível exige gestão rigorosa. Procura nos supermercados vinhos baratos mas produzidos em Portugal de apenas castas nacionais. Foge dos embalados que referenciam, vinho da UE. Por vezes consegue encontrar bons vinhos. O vinho virou negócio de industria florescente onde o poder do marketing se impõe à qualidade intrínseca dos mesmos. Gosta mais dos vinhos da região do Douro, seguindo-se os vinhos da região de Setúbal, de Lisboa, do Dão e do Ribatejo. Também gosta dos vinhos da sua Beira interior que pela fraca dimensão dos seus produtores ainda preservam algumas das características antigas. Dispensa os das castas syrah ou merlot assim como já antes dispensava o cabernet sauvignon; nos brancos gosta deles frutados preferindo a casta fernão pires à casta arinto.

(foto da net) 

 

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