sábado, 29 de outubro de 2022

22-06.06

Dias diferentes os últimos. Na passada sexta-feira, ao regressar da Consolação sentiu um leve arranhar de garganta. Chegado a casa, depois de jantar uns caracóis, recorreu à gaveta onde guarda os medicamentos ditos «sos». Chupou umas pastilhas de mebocaína e ao deitar fez gargarejo com Tamtun verde, que noutras alturas o tem livrado do incómodo de acordar com a dor de garganta assanhada.

Levantou-se quando a manhã ainda não era manhã, tão só claridade. À hora mais ou menos certa saiu para a rua com a sua amiga Sacha para o rotineiro passear de todas as manhãs. Ao pequeno almoço, tomou os habituais comprimidos para a pressão arterial e no final uma Aspirina efervescente. Gosta mais da Aspirina do que do Ben-u-ron ou do Brufen. Saiu para ir levantar uns livros à Bertrand em Vila Franca de Xira, aproveitando para olhar os supermercados ALDI e Lidl. Em todo e qualquer lugar onde entra, coloca sempre a máscara. E, a garganta continuava a arranhar, mesmo com o chupar das pastilhas de Mebocaína a coisa não melhorava, embora não se sentisse mal. Só aquele incómodo na garganta, pois não havia qualquer sintoma de rinite.

A tarde passou-se normalmente com mais ou menos pastilha. Ao chegar da noite sentiu o corpo como se tivesse febre, embora as suas mãos não estivessem frias. Recorreu aos dois termómetros que tem em casa. Quer um quer o outro, por métodos diferentes, não passavam dos 36 e décimas.

Na manhã de domingo o passeio com a Sacha foi até mais curto do que normalmente costuma ser. Não a escovou e cruzou-se apenas com duas senhoras, também elas habituais caminhantes de fim de semana daquele circuito.

Ao pequeno almoço em vez de tomar a normal Aspirina optou pelo Brufen. A manhã passou serena, só a sensação da febre que os termómetros recusaram e algum cansaço físico, coisa leve. A meio da tarde sentiu-se pior. Depois de ver o jogo da seleção portuguesa contra a seleção suíça, voltou a ler, para fazer tempo de tomar novo comprimido. Cerca da meia noite resolveu fazer um auto teste ao malvado covid. Foi fácil e não havia que enganar, deu positivo. O bicho apanhou-o, mesmo com todo o cuidado que vinha tendo. Aí começou a cabeça numa roda viva refazendo todos os itinerários e as pessoas amigas com quem se tinha cruzado e falado. Que fazer? Ligar para a linha do SNS ou ficar quietinho em casa, tratando-se e reservando-se? E a Sacha? Tem de ir à rua com ela. Tem de escolher horário e itinerários onde não se cruze com ninguém. As soluções exigem paciência.

Ao final da tarde chegou a certeza da febre. O corpo aqueceu e as mãos esfriaram. 37,5 indicaram os termómetros. Após o jantar tomou um Ben-u-ron. Sentou no sofá para ver o Croácia-França e de seguida entre cabeçadas de sono o Áustria-Dinamarca. Sentia o corpo a suar. Era perto da uma da manhã quando acordou no sofá para se deitar na cama. A roupa húmida do suor. Dormiu de um sono só. 

(foto da net)

 

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