quarta-feira, 10 de março de 2021

21.03.03

 

Os que governaram como guerreiros troikanos num tempo sem conhecimento de pandemia provocada por um desconhecido vírus, provaram à sociedade nesse seu tempo de governação que nunca souberam, nunca foram competentes a planear sequer um único OE. O seu planeamento resumiu-se a diminuir pensões, a retirar apoios sociais, a atacar as estruturas do SNS, a aumentar impostos sobre o rendimento das famílias e a ceder bens públicos ao desbarato a investidores privados estrangeiros… essas medidas foram o seu saber de planeamento.

Andam, neste tempo de agora, esses arautos da desgraça, representantes fieis da política ultraliberal, a clamar em todos os locais, em todos os órgãos de comunicação afetos aos seus interesses, andam eles e elas a pedirem e a clamarem pela necessidade de o Governo apresentar um “planeamento” para o desconfinamento.

Embora não seja um adepto destes «estados de emergência» porque eram precisas outras medidas para as quais nunca houve coragem e vontade política para as implementar, cumpro e respeito o confinamento, mesmo quando viajo entre fronteiras.

Compreendo e defendo que o Governo não avance com calendários para o desconfinamento, porque ainda há muitos infectados (65.793 segundo dados de ontem da DGS) não se conhecendo na pratica qual a forma como o contágio se realizou e está a realizar. Há apenas palpites e previsões nada mais que isso a não ser que a função de contágio é exponencial.

Depois, na minha opinião, o que levou à diminuição do números de contágios e mortes diárias não foram só as medidas tomadas pelo Governo mas mais do que isso o medo que as pessoas tiveram ao verem morrer tanta gente incluindo gente não tão idosa. Todos os valentões e negacionistas têm um buraco ao fundo das costas e ninguém gosta de morrer ainda para mais sofrendo com o desconhecido e malvado vírus.

Num país com tradições religiosas aproxima-se o tempo da Pascoa. Os do Governo irão estar sobre forte pressão quer dos representantes e arautos da desgraça como das forças invisíveis e poderosas do clero religioso e ultra-conservador. O que se passou no Natal foi um presente envenenado. Vejamos pois como irá o Governo trabalhar para evitar o regabofe que se passou no tempo natalício. Talvez seja melhor trabalharem com mais recato sem andarem tanto pelas televisões a alimentar os papagaios-eunucos amigalhaços dos arautos da desgraça. Tanta exposição mediática não sei se será tão necessária, pois há tanta coisa a fazer e a tratar…





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