segunda-feira, 29 de março de 2021

21.03.29

 

Era esperado. Puseram-se a jeito. Era apenas uma questão de tempo. Só os ingénuos por um lado e os espertos carreiristas que a tudo dizem sim ao líder podiam acreditar que nesta legislatura presidencial tudo iriam ser rosas, abraços e beijinhos. Agora aí tem a primeira prova da convivência entre Belém e S. Bento para este mandato presidencial. Este é apenas o primeiro cálice envenenado, outros lhes serão servidos pelo certo. O homem nunca enganou os precavidos.

Podem agora vir a terreiro reclamar, justificar, invocar a possível inconstitucionalidade da medida aprovada pela A. R. e promulgada pelo poder Presidencial, mas o mal feito lá atrás aquando da campanha para a eleição presidencial mostra como em política nada se resolve sem ideologia, e, esta não são tretas do passado, continuando a ser aquilo que distingue os políticos e as políticas. Direita e Esquerda continuam a existir assim como a luta de classes não se sublimou com a criação da designada "classe média" ou do "centralismo político". Designações, criações estas, uma e outra, de matriz híbrida como interessa ao agora designado «capitalismo civilizado». Como híbridas que são por natureza, não criam novas soluções, novas alternativas, antes gostam de passar o tempo a embaralhar as cartas para que tudo continue como dantes, tropas em Abrantes, enquanto o Zé pensar que o voto é a arma do Povo e o melhor é não fazer ondas, levar a “vidinha” sem grandes sobressaltos, que a vida do vizinho pouco lhe interessa.


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