sexta-feira, 19 de março de 2021

21.03.19

 

Desenganem-se. O futuro será diferente. O tempo não volta para trás. Eles bem querem que tudo volte a ser como antes. Teimosos, não querem ver os avisos. Gastam-se rios de milhões a querer voltar para trás. Incapazes não preparam o futuro. Pediram ideias e planos. O Professor, no seu jeito de poeta, apresentou ideias e planos. Bateram-se palmas, deram-se vivas. Não se fez uma grande festa. Não se desceu a Avenida. Também não se subiu a mesma. A Liberdade estava confinada. O Marquês não sorriu. A decretada pandemia assim aconselhou. Veio nova vaga que o tempo não volta para trás. De novo mais milhões para salvar a Nau que sem velas nem bússola navega em águas tumultuosas. Os deuses estão zangados. Ninguém os escuta. A Nau parece ir afundar. Valorosos remadores sulcam a nova vaga. Terra à vista gritam os que viajam em camarotes. Nos camarotes terão ouvido recados e promessas. Ainda a Nau não acostou ao areal, já eles teimosos saltaram a prometerem de novo mais passado que futuro. Das negociatas dos camarotes dão-nos um outro plano. O Plano do Professor, no seu jeito de poeta, ficou para trás, que o tempo não volta para trás. Atribuem ao novo plano um nome de acordo com o velho marketing político. Nada de novo. Passado e mais passado com novas roupas. Só as gaivotas do costume os seguem na esperança de continuarem a beber o sangue da manada. No cimo da avenida o Marquês continua solitário e triste. Ainda não será desta que o seu povo irá deixar de ter o "carro - vassoura" sempre à vista. Alguns embandeirados de notas irão descer a avenida. Poucos ou nenhuns a irão subir que as forças vão faltando. Lá do alto o Marquês na sua solidão pensa tristemente: - esta gente não aprendeu nada com a História.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.