Falo
sem falar
Falo
sim, porque me escuto
Não
duvides que falo sem falar
Ouço
as minhas falas sem falar
Falas
que são minhas
Não.
Não é loucura, eu falo sem falar.
Não
queiras saber o que falo sem falar
Não
irias entender as minhas falas sem falar
Escuta
o vento
Quando
entenderes o que ele diz
Quando
compreenderes as conversas do vento com as árvores
As
falas das árvores umas com as outras
Quando
ouvires e entenderes…
Esses
murmúrios
Esses
gritos silenciosos
Então,
poderás ouvir as falas que falo sem falar
Irás
entender o que é andar «Na outra margem da vida»
Ser
solitário sem solidão
Triste
por vezes sem deixar de ser feliz
Irás
compreender que tristeza e felicidade são companheiras de jornada
Não
são nem inimigas nem sequer contraditórias
Irás
compreender então o que eu falo sem falar
Depois,
sem falarmos olhamos-nos nos olhos
E,
seguiremos de mãos dadas rumo ao futuro.
É
lá que mora a Esperança.
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