Já
reparaste que quase tudo o que nos dá prazer, nos dizem que faz mal.
Porque será? O que é que eles querem de nós?
Nascemos
muitos de nós em casa com a nossa mãe a ser assistida por uma outra
mulher, a parteira. Minha mãe não tinha leite para me amamentar e
entre papas e papinhas sobrevivi. A creche era a rua que servia para
brincarmos e aprendermos a auto nos defendermos quer dos mais velhos
quer de outros com manias de valentões. Depois rumamos para o
litoral norte de Peniche. Bebíamos
o leite quase directamente tirado da teta da vaca porque era fervido
e da nata do leite se fazia manteiga e excelentes bolos. Quando
andávamos
descalços se fazíamos alguma ferida no pé colocávamos areia para
parar o sangue mais depressa e a ferida não infectava. Bebíamos
água das fontes e até dos ribeiros.
Hoje
é a sacarose é a lactose e mais outros palavrões que
parecem não acabar. Porque
será que a composição físico-química do leite e da farinha
mudaram assim tanto? Olhamos os fornecedores desses produtos e as
vacas leiteira continuam
iguais à vista desarmada.
Olhamos os poucos ou raros campos de searas de trigo e a planta e a
espiga parecem-nos à vista desarmada serem iguais aos da nossa
juventude de meninos e homens. Então? Será só avanço na pesquisa
e descoberta de novos males que afectam o ser humano? O que é
que terá mudado? Quem é que
nos anda a enganar?
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