sábado, 2 de novembro de 2019

Hestórias


Era uma vez um pedaço de jardim à beira do Atlântico que de um casamento de gente nobre se fez Nação e entre guerras, pelejas, navegando sem se importar com a fúria dos mares, já leva quase novecentos anos entalado entre o Atlântico e os vizinhos galegos, leoneses, castelhanos, extremenhos e andaluzes que com outros povos constituem a Espanha moderna.
Vivendo um tempo de Democracia parlamentar integrado numa União Europeia que se queria solidária e fraterna vai conhecendo tempos de evolução positiva entre avanços e recuos porque nem sempre os políticos que nos governam o fazem com a seriedade necessária à própria evolução da Democracia. É triste mas é verdade.
Ainda não passou um mês em que políticos activos organizados em partidos políticos nos prometiam uns o céu, outros o céu passando pelo purgatório e outros o inferno. Nestas coisas da política há sempre um que consegue os votos necessários para sozinho ou em coligação governar.
O partido político que já nos governava voltou para nos continuar a governar com tudo limpo e direitinho que nem o penálti que o árbitro viu mas não quis marcar. Tudo isto a propósito de em plena campanha os políticos ganhadores afirmarem a plenos pulmões que uma das grandes preocupações seriam as alterações climatéricas. Mal começam a tomar de novo decisões e temos:
- Exploração do lítio numa trapalhada de interesses pouco amigos quer da transparência quer do ambiente
- Aeroporto do Montijo outra trapalhada de interesses pouco claros e amigos do ambiente

Eu sei que em política é normal dizer-se «olha para o que eu digo e não para o que eu faço» por isso é que aprendi a ouvir e a ver o que não nos dizem nem nos mostram.

Pergunta-me a minha sombra, se o famoso lítio em vez de se concentrar em terras do interior transmontano ou beirão, existisse nas terras da beira mar que atitude seria a dos políticos governantes? Não sei mas tenho pena de hoje a sociedade civil não ter a capacidade que em 1975 impediu a construção da central nuclear em Ferrel (Peniche). Os tempos são outros e todos nós vivemos mais aburguesados dando mais tempo de antena à aculturação do halloween do que aos problemas que vão afectar a vida dos netos e bisnetos.
Quanto a aeroportos deixem-se de histórias, de gastar dinheiro que não temos para obedecer a interesses de entidade privada que não se preocupa com o país porque o seu objectivo é o lucro e só o lucro para nos continuar a subjugar.
Nem Montijo! Nem Alverca! Olhem para o que fizemos em Beja!
Comecem a construir Alcochete por fases a pensar no ambiente e no futuro de um Portugal mais próspero e solidário com os seus cidadãos e deixem de nos dar telenovelas poluídas.


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