Era
uma vez um pedaço de jardim à beira do Atlântico que de um
casamento de gente nobre se fez Nação e entre guerras, pelejas,
navegando
sem se importar com a fúria dos mares,
já leva quase novecentos anos entalado
entre o Atlântico e os vizinhos galegos, leoneses, castelhanos,
extremenhos e andaluzes que com outros povos constituem a Espanha
moderna.
Vivendo
um tempo de Democracia parlamentar integrado numa União Europeia que
se queria solidária e fraterna vai conhecendo tempos de evolução
positiva entre avanços e recuos porque nem sempre os políticos que
nos governam o fazem com a seriedade necessária à própria evolução
da Democracia. É triste mas é verdade.
Ainda
não passou um mês em que políticos activos organizados em partidos
políticos nos prometiam uns o céu, outros o céu passando pelo
purgatório e outros o inferno. Nestas coisas da política há sempre
um que consegue os votos necessários para sozinho ou em coligação
governar.
O
partido político que já nos governava voltou para nos continuar a
governar com
tudo limpo e direitinho que
nem o penálti que o árbitro viu mas não quis marcar. Tudo isto a
propósito de em plena campanha os políticos ganhadores afirmarem a
plenos pulmões que uma das grandes preocupações seriam as
alterações climatéricas. Mal começam a tomar de novo decisões e
temos:
-
Exploração do lítio numa trapalhada de interesses pouco amigos
quer da transparência quer do ambiente
-
Aeroporto do Montijo outra
trapalhada de interesses pouco claros e amigos do ambiente
Eu
sei que em política é normal dizer-se «olha para o que eu digo e
não para o que eu faço» por isso é que aprendi a ouvir e a ver o
que não nos dizem nem nos mostram.
Pergunta-me
a minha sombra, se o famoso lítio em vez de se concentrar em terras
do interior transmontano ou beirão, existisse nas terras da beira
mar que
atitude seria a dos políticos governantes?
Não
sei mas tenho
pena de hoje a sociedade civil não ter a capacidade que em 1975
impediu a construção da central nuclear em Ferrel (Peniche). Os
tempos são outros e todos nós vivemos mais aburguesados dando mais
tempo de antena à aculturação do halloween do
que aos problemas que vão afectar a vida dos netos e bisnetos.
Quanto
a aeroportos deixem-se de histórias, de gastar dinheiro que não
temos para obedecer a interesses de entidade privada que não se
preocupa com o país porque o seu objectivo é o lucro e só o lucro
para nos continuar a subjugar.
Nem
Montijo! Nem Alverca! Olhem para o que fizemos em Beja!
Comecem
a construir Alcochete por fases a pensar no ambiente e no futuro de
um Portugal mais próspero e solidário com os seus cidadãos e
deixem de nos dar telenovelas poluídas.
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