segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Mau tempo se avizinha


Os dados estão lançados. Por esta Europa fora crescem as correntes ideológicas saudosistas da supremacia de uma raça sobre as outras, correntes xenófobas e homofóbicas que prometem acabar com todas as injustiças que correm nas governos do centro direita ao centro esquerda ou mais à esquerda dos diversos países, prometendo-nos o paraíso justiceiro escondendo atrás de si o inferno que têm para nos dar depois de alcançado o poder, seja por via democrática seja por via da força das armas.
De quem é a culpa do regresso em força dessas correntes ideológicas?
Quem é que financia esses movimentos?
O que nos dizem e o que fazem os políticos que exercem o poder?

O senhor ministro falou para o país quando não o deveria fazer. Do senhor ministro, homem experiente e batido na política, esperava-se outra fala, não para os microfones mas para as forças sindicais que proliferam nas forças de segurança. É com eles que tem de debater à mesa os prós e os contra. É com eles que tem de falar do porque o seu ministério não cumprir com questões pertinentes já acordadas em anteriores reuniões do seu ou de anteriores governos.
O senhor ministro, homem experiente e batido nas questões da política, ao falar depois da manifestação em que um movimento sem rosto com demonstrações racistas e xenófobas anulou as diversas direcções sindicais organizadoras da manifestação, promovendo a figura de destaque um populista levado ao colo pelo capital neoliberal que domina a comunicação social deste nosso reino, assim como do tal movimento sem rosto mas não espontâneo, ficou-lhe mal. O senhor homem experiente nestas coisas da política deveria ter pensado um pouco mais a frio e não ter dado aso a tantos comentários que os arautos neoliberais que populam na comunicação social tiveram pela noite adentro.
É preciso deixa-los poisar. Ter sangue frio. Tocar a reunir todas as forças políticas que defendam a Democracia e o modelo do Estado Social Europeu, sejam eles democratas-cristãos, sociais-democratas, socialistas e comunistas de vários matizes, liberais, sindicalistas da unidade, da unicidade e independentes, para em conjunto se olhar o futuro sem medo dessas correntes que já nos governaram a ferro e fogo mantendo o país na miséria franciscana num tempo de quase meio século no século passado. Quem não quiser comparecer na defesa do Estado Social não fará falta para a luta árdua que no futuro se travará. Só farão falta os que defendem a Democracia e o Estado Social tipo Europeu. Mas essa luta não se fará com mais subsídios disto e daquilo, com mais sopa para os sem abrigo. O senhor ministro e os seu pares devem saber que só o trabalho cria riqueza, só o trabalho é fonte de dignidade para todos desde o simples operário ao senhor doutor, ao senhor engenheiro. Distribuir mais subsídios pelos desprotegidos da vida é o mesmo que andar a distribuir pérolas a porcos, só favorece o crescimento de tais movimentos sem rosto visível para nós cidadãos mas que os senhores saberão identificar.
Quanto ao papel que os órgãos da Justiça têm em todo este ressurgir compete aos senhores políticos entenderem-se porque não tenho saber para tal, embora ache muito estranho muitas das decisões tomadas e publicitadas nesses órgãos da Justiça.
Há pois que por o país a trabalhar. Como? É aos senhores que compete encontrar soluções e meios para que abandonemos este estado de subsídio dependentes, que só favorecem o aparecimento e crescimento de ideais racistas e xenófobos perigosos para a Democracia e a Liberdade dos cidadãos. 

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