Era
uma vez um país no hemisfério sul que viveu muitos anos sob
governos ultra conservadores primeiro de colonos e depois pela
minoria branca que se tornou independente da antiga mãe
colonialista. Um país onde a grande maioria da população indígena
vivia como cidadãos de terceira perante a população branca. Um
país por muitos considerado pobre, com os recursos naturais
entregues à exploração do
capital estrangeiro. Mas um dia um indígena encheu
o peito enchendo-se
de ousadia candidatou-se
ao lugar de presidente do seu país sonhando com uma pátria mais
solidária para com o seu próprio povo. Lutando
do sonho em ousadia tornou-se em eleições livres o primeiro indígena a chegar a
presidente daquele país pobre que existe lá nas alturas. Eleito
presidente sem sangue nas ruas, nem prisões cheias de brancos
insatisfeitos com a sua política o
governo dirigido pelo indígena,
mudou o rumo económico e social das suas gentes; afrontou o capital
que explorava os recursos naturais sem quase contrapartidas para a
sua pátria. Deu esperanças ao seu povo indígena desagradando aos
imperialistas que quando são afrontados por
políticas não coincidentes com os seus interesses especulativos
logo vêm comunistas por todo
lado. Não tendo como descredibilizá-lo pelos resultados económicos
e sociais alcançados ao longo de quatro mandatos eleitorais sem
sinais evidentes de batota, o imperialismo moderno tratou de
“doucement”
adaptar os governos dos
países à sua volta, colocando aí lacaios fiéis aos seus
interesses para que depois de mais umas eleições livres naquele
país em que os observadores internacionais europeus não se
pronunciaram sobre ilegalidades de
maior nas
últimas eleições, a
minoria amante da supremacia branca, da exploração sem limites dos
mais fracos, apoiada pela comunicação social saudosa de antigos
privilégios, com a benção da santa madre igreja local,
com umas
forças armadas fiéis ao poder imperialista que nunca foram
reformadas durante os anos de governação do indígena e
a coberto das declarações
de fraude por parte da OEA (organização controlada pelos
imperialistas onde os seus
lacaios estão em maioria)
todos eles em
conjunto levaram à renúncia do poder por parte do indígena,que
segundo declarações suas, fê-lo para evitar o agudizar da
violência que ocorria entre os seus apoiantes e os seus críticos.
Nesses
anos de governação do indígena para lá das medidas económicas de
nacionalização a 50% das empresas estrangeiras que exploravam os
seus recursos naturais, o PIB cresceu consideravelmente, a pobreza
extrema foi reduzida de 36,7% para ainda 16,8%, lutou para reduzir a
dependência monetária do FMI e do B. Mundial. Ou seja, tudo medidas
que não agradaram aos senhores que mandam no Planeta e em
particular aos imperialistas intitulem-se
eles de
republicanos ou democratas.
O
indígena caiu, exilou-se num outro país daquele continente mas a
violência extrema, o ódio que auto proclamados governantes exercem
especialmente sobre a população indígena é elucidativo da
mentalidade ideológica dos novos senhores do poder. Perante tanta
violência sem limites, tanta falta de liberdade de expressão do
povo indígena, de respeito pela condição humana, não se ouve uma
palavra de reprovação por parte dos governantes europeus, dos
senhores da ONU onde o beato português é líder, por parte até do
papa ou será que também ele já não sabe o que se passa com os
seus vizinhos indígenas?
Depois
há uns artistas que difundem aos sete ventos por todos os meios
comunicacionais que hoje em dia já não existe direita nem esquerda
entretendo-nos com falas mansas e futebois pqp.
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