sábado, 9 de novembro de 2019

Sócrates, o português


Não sou um apreciador e muito menos um seguidor do senhor Sócrates, o português entenda-se. E , não o sou antes, não depois de se ouvirem todas as coisas que a justiça fez passar cá para fora através de canais amigos de possíveis justiceiros.
Nesta casa onde escrevo esteve o senhor Sócrates, o português entenda-se, quando ainda fazia a sua caminhada rumo ao poder. Soube-o por um amigo do meu pai e amigo dele também. Enquanto fazia o percurso de subida quase todas as semanas telefonava ao meu velho, não se esquecia. Conheci-o pessoalmente num jantar do partido ali em Idanha a Nova em que acompanhei o meu pai. Sempre sorridente e afável era para o meu velho um político em que ele confiava, mesmo quando os filhos lhe diziam para ter cuidado que a coisa não era como ele a via.
Contudo o senhor Sócrates, o português entenda-se, assim que chegou lá ao cimo e se sentou no poder rápido esqueceu o velho Senhor João, nunca mais teve tempo para o costumeiro telefonema. Foi essa atitude para com o meu velho que me levou a distanciar-me ainda mais de tal personagem política, que eu a única organização de que fui filiado por livre vontade foi o Os Belenenses, o verdadeiro e não esta aberração político-clubista de “belenenses sad”. Fui mas também saí de livre vontade quando achei que era a altura de sair.
Mas voltando à figura do político senhor Sócrates, o português entenda-se, assim como sempre coloquei água fria no entusiasmo do meu velho, também não o condeno na praça pública. O avô materno foi um homem rico com o negócio do volfrâmio era o que sabia de seus bens materiais, se ele herdou muito ou pouco não me interessa nem tão pouco as notícias que circulam na comunicação e redes ditas sociais me chamam a atenção. A justiça nas mãos dos justiceiros de ambos os quadrantes que dominam o exercício da mesma justiça que se entendam, que eu não fui eleito para juri de tal e tais coisas que pelo ar circulam.
A corrupção é inerente ao ser humano. Uns deixam-se levar pela ambição desmedida e tornam-se corruptos, passivos ou activos tanto faz. E , assim como passo entre os pingos das notícias sobre o senhor Sócrates, o português entenda-se, também não simpatizo nem nutro confiança nos saberes dos senhores juízes Carlos Alexandre e Ivo Rosa porque vejo neles muita ambição de notoriedade e vaidade. Sendo a ambição ela própria o motor que leva à corrupção o melhor é seguir pela outra margem, deixando eles esgrimirem os seus dados de justiça e justiceiros, que estou mais preocupado com a chuva que não cai dos céus… será que nesta coincidência infeliz da falta de água a cair dos céus, para alguns jornalecos e justiceiros de meia leca também haverá mãozinha de Sócrates, o português entenda-se?
Quer o político quer o juiz em democracia são funções de responsabilidade para servirem a sociedade e não servirem-se dela por vaidades e ambições. É por isso e por isto que gosto de ler e recordar o exemplo de vida de Pepe Mujica.

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